Wednesday, September 8, 2010
TRÁFICO DE ARMAMENTO EM PORTUGAL
O Relatório de Segurança 2009/2010 elaborado pelo Observatório de Segurança que inclui todas as secretas e que é anualmente apresentado ao Parlamento, refere sucintamente que o território português serve de passagem ao tráfico de armamento internacional, e igualmente ao contrabando interno de armas de guerra e de outros calibres.
Baseada em informações recolhidas na imprensa norte-americana, é possível concluir alguns factos passíveis de compreender este fenómeno; Na década de 1990, inicio da Guerra da Ex-Jugoslávia, pela parte ocidental de entrada na Europa (exclui-se outros países também envolvidos, como foi o caso da Alemanha que introduziu nesse conflito centenas de Hauser), material bélico de fabrico russo entrava para a frente de guerra, via FARC na Colômbia, e após uma primeira fase, e devido igualmente à queda do Muro de Berlim e o que isso significou na América Latina, surge um grupo dissidente das FARC, liderado por Ernesto Guedijira, actualmente o homem mais procurado pela CIA na América do Sul.
À entrada do milénio, Portugal apresentava-se e continuará a representar entradas e saídas de armamento descontinuado, com aterragens nas planícies alentejanas ao longo da costa Vicentina, de aviões que navegam sem rádio e se servem da técnica da Máfia para aterrarem subversivamente no solo, nomeadamente faróis preparados para se projectarem para cima que lhes serve de luzes para uma pista improvisada.
Para as secretas portuguesas, civil e militar, os dados recolhidos para uma primeira análise de volume de negócio, são avaliados os custos dos voos transatlânticos, quanto custa pagar aos intermediários e o respectivo cruzamento do preço de uma UZI israelita quer no mercado oficial, quem no mercado ilegal; assim, parte-se do principio que são necessárias 10 entregas x 2 caixas de metralhadoras com 10 armas cada, para produzirem um valor de 400.000 mil euros., em cálculo arredondado. Isto represneta um volume de negócio de 4.800 milhões de euros ao ano.
Convém referir, que os maiores negociantes de armamento continuam a depender da diáspora portuguesa, para fazerem trocas em todo o planeta; Os Serviços de Segurança da República estão igualmente sem meios eficazes de combate, dado que operações de recuperação de armas nunca ocorreram em Portugal.
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