Tuesday, November 20, 2012
"Montebranco" e "Angola Connection"
Ligações
perigosas,Governo de Angola,Empresária angolana Isabel dos Santos,empresário
israelita Lev Leviev, China Sonangol,empresário francês Pierre Falcone,
empresário
português Helder Battaglia,tanta coisa
encoberta,dinheiros desviados, parcerias e negócios obscuros,corrupção ao
mais alto nível com o pior que há da máfia internacional,e aos angolanos sem
qualquer tipo de explicação ou justificação, continuamos a ser enganados ,
ludibriados, injustiçados e roubados sem nenhuma contestação,pacificamente,e
assim vai Angola…
Corrupção
com rosto ,com nomes,mas no nosso País como a impunidade anda de mãos dadas com
a cumplicidade, “resta-nos esperar que a
justiça em Angola seja igual para todos..« O mundo tornou-se muito pequeno para
os responsáveis governamentais que pensam que eles podem pilhar, com toda
impunidade, os recursos dos seus países ».A corrupção é uma ameaça ao
desenvolvimento, à democracia e à estabilidade. Distorce os mercados, trava o
crescimento económico e desencoraja o investimento estrangeiro. Corrói os
serviços públicos e a confiança nos funcionários.
Bataglia
tem Angola aos seus pés
Helder
Battaglia, um empresário Português com laços estreitos com o presidente
angolano José Eduardo dos Santos, bem como Chávez e Kirchner. Battaglia tem
vários investimentos em Angola, Congo e na América Latina
Bataglia
tem Angola aos seus pés. Se não é assim, parece. Nascido em Portugal,tinha
meses quando foi parar a Baía Farta, no Namibe,Angola. Fez o serviço militar em
Cabinda, especializando-se nas ações psicológicas. Estreou-se nos negócios em
1972, em Benguela, a vender produtos alimentares e na seca do bacalhau.
Após
aindependência, e durante uma década, foi comerciante no Médio Oriente. Os anos
80 trouxeram-lhe pontes para os mercados de Leste e, em 1992, ligou-se ao banco
de Ricardo Salgado, criando a svb-holding Espírito Santo Commerce, em estreita
colaboração com Luís Horta e Costa, seu braço direito.
Por uma
soma que terá oscilado entre os 400 e os 500 milhões de euros, a Sonangol –
acionista de peso do BCP, da GALP e da Amorim Energia – adquiriu a ESCOM ao
GES, em 2011. Bataglia ficou com 10% do capital e manteve o comando do grupo. O
investimento foi conduzido por Manuel Vicente, o homem que, já este ano, deixou
a liderança da petrolífera para se tornar ministro de Estado e da Coordenação
Económica e provável sucessor do Presidente José Eduardo dos Santos.
O «n.° 2» do regime foi recentemente associado a suspeitas de peculato e branqueamento de capitais, na sequência de uma investigação do conhecido jornalista angolano Rafael Marques.
A ESCOM
mantém especiais interesses nos recursos naturais angolanos. Associada a
russos, chineses e parceiros locais (entre os quais o grupo GEMA, de José
Leitão, antigo chefe da casa civil da Presidência), gere negócios nos setores
do gás, petróleo, agricultura, energia, mineração, imobiliário, diamantes e
obras públicas.
Bataglia é
ainda administrador executivo do BES Angola, de cuja estrutura acionistafazem
parte Isabel dos Santos, a poderosa filha do Presidente, e a Portmill, holding
ligada a Hélder Dias Vieira, mais conhecido por Kopelipa, antigo general e
chefe da casa militar da Presidência, cujo os investimentos no Douro têm dado
brado.
O banco
era, até há pouco tempo, presidido por Álvaro Sobrinho, agora suspeito de
participação num esquema de lavagem de dinheiro que corre os seus termos em
Portugal e ele contesta.
O grupo
ESCOM, esse, continua imparável em Angola
O grupo
ESCOM, esse, continua imparável. Há três anos, tinha em carteira projetos no valor
de 951 milhões de euros e prometia investimentos de 1,4 mil milhões de dólares
até 2014. O edifício ESCOM, na colina de Luanda, é o símbolo imponente da
grandeza do império. Trata-se de uma torre a rondar os 150 metros, a maior da
capital. Custou 92 milhões de euros e quase alcança o domínio dos deuses: nos
pisos superiores, existem habitações de luxo e duas penthouses que, em 2007,
estavam avaliadas em 3 milhões de euros cada. Na torre, estão instalados, entre
outros, os escritórios angolanos da Ongoing e a redação local do semanário Sol.
Hélder
Bataglia considera Angola um «país democrático», de «gente séria».
Por isso,
os investimentos daquele país em Portugal só podem ser olhados «de cima.
TESTA-DE-FERRO
CHINÊS?
As
influências e negócios do grupo, com cerca de 2 mil trabalhadores,estendem-se
aos EUA, Venezuela, Argentina, Congo,Zimbabuée África do Sul, entre outros
países.Mas nem sempre os negócios correram bem: em Angola, a ESCOM escorregou
nas pescas, nos aviões da Air Gemini e nas bananas da Chiquita.
Em
Portugal, o grupo viu o seu nome referenciado em ilícitos fiscais, na Operação
Furacão, nas investigações do caso Portucale e no processo das contrapartidas
das aquisições da Defesa, ao tempo do ministro Paulo Portas, cuja compra de
submarinos foi sendo associada a suspeitas de financiamento partidário ao CDS.
Cônsul honorário do Burkina Faso, membro da associação de cooperação ELO,
Bataglia esteve em Angola com Sócrates e Passos Coelho, a quem reconhece méritos
na abertura de portas à cooperação bilateral. A ele atribuem-lhe especiais
influências na renegociação da dívida de Angola a Portugal. Hélder foi
investido comendador pelo Presidente da República, Cavaco Silva, homenagem ao
seu papel no estreitar das relações luso-angolanas.
O
administrador da ESCOM tem casas em Lisboa, Luanda e na ilha do Mussulo, mas
também no seleto bairro da Recoleta, em Buenos Aires. É proprietário de um
barco e comenta-se que comprou uma ilha no delta do rio Paraná
(Argentina),rumor que ele desmente. «Angola é o meu país, foi lá que vivi, é
onde gosto de estar e onde mantenho relações do meu tempo de infância e de
escola. A maioria dos meus amigos está lá», referiu, numa entrevista.
«O Hélder é
uma das poucas pessoas que conheci que se enquadra nesse perfil de empresário
global. É um excelente relações públicas em qualquer parte do mundo», disse
dele Ricardo Salgado, dono do Grupo Espírito Santo, à Exame.
Para os
EUA, Hélder Bataglia não tem, de facto, um estatuto menor. Bem pelo contrário:
o seu peso nos negócios planetários far-se-á sentir em zonas menos
transparentes, mesmo não se identificando ilegalidades.
The 88 Queensway Group, A Case Study in Chinese
Investor’s Operations
De acordo com um relatório do Congresso norte-americano divulgado em meados de 2009 – The 88 Queensway Group, A Case Study in Chinese Investor’s Operations in Angola and Beyond, no original – Bataglia é um dos três empresários mais influentes do planeta na promoção dos interesses chineses fora das fronteiras do país e nos negócios da China com Angola. O magnata dos diamantes israelita, Lev Leviev, e Pierre Falcone, condenado em 2009 por tráfico de influências e comércio de armas, no processo chamado Angolagate, são os outros dois. O empresário franco-argelino viria, entretanto, a ser absolvido das acusações, em abril último, após recurso.
Os
norte-americanos associam Bataglia a investidores com ligações a ministérios e
aos serviços de inteligência chineses e angolanos, apesar de algumas
demarcações do Governo comunista.
Michel
Canals é o cabecilha da rede
Resta saber
o que Canals pensa disto e se um dia podera’ comprometer tudo e todos se os
seus interesses ficarem desprotegidos…?
“Nas
suspeitas da Justiça, Michel Canals é o cabecilha da rede. Canals terá uma lista
de clientes cuja existência já pôs meia Lisboa, Cascais inteira e algumas
pessoas em Angola em estado de alerta. Até porque há receio justificado de
misturar alhos e bugalhos: a gestão de fortunas é uma coisa legal, o
planeamento fiscal é outra coisa legal, a fraude e lavagem de dinheiro são
crimes. E todas são serviços que podem ser prestados por gente da mesma
natureza. Uma beleza.”
Ana Bruno a
Dama de Ferro
Ana Bruno
dá a cara por dezenas de empresas que vão do imobiliário ao turismo e a sua
sociedade de advogados, na torre 3 das Amoreiras, estará na mira dos
investigadores da Operação Monte Branco. Suspeita-se que este e outros
escritórios possam ser a fachada legal de negócios relacionados com a Akoya,
nos quais estariam envolvidos advogados que funcionariam como correios de
dinheiro para Francisco Canas, o «Zé das Medalhas», detido preventivamente sob
suspeita de ter feito circular ilegalmente milhões de euros entre Portugal e a
Suíça, ao sabor do carrossel idealizado por Canais.
Segundo
fontes da investigação, o suíço teria contactos com inúmeras pessoas, sobretudo
advogados, a quem proporia a angariação de clientes com dinheiro para abrirem
contas em bancos suíços, primeiro via ÜBS e depois através da Akoya. A
contrapartida passaria por uma comissão indexada aos montantes que os clientes
dos advogados colocavam no estrangeiro.
O esquema
obrigava a depositar fortunas no estrangeiro, através de sociedades portuguesas
detidas por off-shores e fundações para
esconder o verdadeiro titular.
esconder o verdadeiro titular.
Ana Bruno é
tida como angariadora de clientes angolanos para Canais e, na conta de uma
familiar sua, os investigadores terão já identificado valores que passaram pelo
processo de branqueamento no exterior. Michel Canais é defendido neste processo
por Francisco Mendonça Tavares, advogado do escritório Ana Bruno &
Associados e administrador de várias empresas, entre as quais a South Atlantic
Capital, SA, também de compra e venda de imóveis, que mantém com outro advogado
do escritório de Ana Bruno.
O outro
entalhe do caso “Angola Connection”
O outro
entalhe do caso. O de uma espécie de “Angola Connection”, uma estrutura de
poder que se estende de Luanda até Lisboa, passando pelo BES Angola, um
ramo do Grupo Espírito Santo que de Espírito Santo pouco mais tem do que o nome,
pois parece ter vida própria e paralela, controlado por accionistas locais. Em
Lisboa, essa estrutura angolana está a ganhar um poder grande, que inclui
operações imobiliárias, ambições na comunicação social e relações na
política, como conta a “Visão”. Nem todos os angolanos são iguais, mesmo
os ricos. Como nem todos os portugueses são iguais, mesmo os ricos. E se é
verdade aquilo de que a Justiça suspeita e os jornais noticiam, esse poder tem
de ser questionado. Fazer perguntas não é fazer uma cruzada. “No pasa nada”.
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