Tuesday, April 14, 2009

MAIS CEGO, É QUEM NÃO QUER VER

Esta arrogância que o capitalismo representa na crueldade dos números, tem que ser combatida ferozmente.
E eu pretendo combatê-lo.
Recuso que me identifiquem com a esquerda política que considero básica e redundante.
Recuso sensatos que se proclamam radicais e tudo isto para dizer, que recuso a fórmula do Robin Hood para acabar com os males sociais.
Pensar que, adaptar percentualmente a retenção de impostos, consoante os rendimentos é um mau principio, binómio mais conhecido popularmente como “roubar aos ricos para dar aos pobres”; em primeiro lugar, é filosoficamente errado porque desde logo estabelece por si só, uma desigualdade.
E em segundo lugar, porque se o objectivo da condição de pobre não for atingir a condição de rico através do trabalho, o trabalho deixará de fazer sentido.
E “se”, me tornar rica com o verbo trabalhar, o sistema penaliza-me e aplica-me mais impostos?...
Podia divagar neste ponto, e referir-me à honorabilidade desse percurso, ou à justiça dos meios parar atingir esses fins, ou, ou…mas, o importante a reter é que uma sociedade justa deve retribuir os esforços dos que através do seu trabalho atingirem esse nível de riqueza, e não o contrário.
Mas igualmente, não deve ser o pobre que deve suportar a redistribuição da riqueza, e neste ponto podia divagar um pouco e referir-me, à incapacidade de fugas possíveis ao fisco, ou à solidariedade dos pobres em relação aos outros pobres, ou, ou…mas, mais uma vez o importante a reter é que o Estado “O Insuspeito” nada tem feito para combater esse antagonismo que é o socialismo como forma de desigualdade.
Se fôssemos mais criativos, poderíamos até imaginar que o rendimento dos mais ricos, inversamente à generalidade das opiniões, não devia ser taxado de forma diferente das daqueles com menores rendimentos.
O que seria ideal era que a Lei conduzisse esses “pobres” ricos a investirem no tal social de que tanto fogem, como por exemplo reinvestirem directamente o seu capital na criação de educação, saúde e justiça, obviamente com a garantia do tal Estado insuspeito de que esse investimento retornaria sob outras formas, aos benfeitores, então novos mecenas de muitas outras artes…
E competências para que o Estado não desaparecesse pela sua inutilidade?...
Muito simples, caros amigos, o Estado seria então o Juiz da Paz, que observa e comenta, que escreve a história e que pune e absolve no melhor interesse dos cidadãos.
Era pois, necessário um aditamento constitucional que concluísse a filosofia política inacabada, dizendo que a riqueza é o fim supremo de todas as pessoas, riqueza quer material quer espiritual.
De igual modo, simplificar o código fiscal numa página apenas, onde a matemática fosse a multiplicação do pouco e do muito, do maior e do menor.
Se não considerarem superiormente esta proposta, não tem sentido o trabalho das ideias.

ÉTICA, SIMPLES PALAVRA OU DEFINIÇÃO

As convicções não se vendem. Mesmo que hoje, esta afirmação se limite aos clubes de futebol.
Os códigos deontológicos são sagrados. O respeito profissional corresponde à conduta integral dessa atitude, simultaneamente moral e técnica.
Não podemos olhar com admiração para políticos que discursam com total ignorância pelo cargo e pela profissão que ocupam. No caso dos Estados Unidos da América, que se compõe por cinquenta estados federais, cada um com jurisdição própria, devemos observar cuidadosamente as declarações do seu mais alto signatário de forma séria. Portanto, se o Presidente americano afirma que apoia firmemente a pena de morte, castigo apenas utilizado em meia dúzia de estados, perguntamos aos americanos se ele é apenas presidente da Carolina do Norte, se a sua função é preservar e garantir a Constituição comum a todos, se a sua opinião é fundamentada em algum pensamento filosófico, se conhece uma política americana conhecida por defesa dos direitos humanos, se acredita em Jesus Cristo e não na evolução, ou se apenas é desprovido de qualquer género e tipo de ética?
Ética, que se mistura dramaticamente com o Deus Dollar e que se espalha pelo mundo inteiro como uma praga. Vale tudo para ter dinheiro, o psicológico social vive obcecado com o substantivo, mais, e até os directores dos jornais mais prestigiados vendem ideias a políticos para venderem produto mesmo que isso signifique uma absoluta desonestidade profissional e um total desrespeito pela propriedade intelectual de outros.
Chegámos a um ponto conhecido na história como, a dilatação do nascimento da revolução, um período que costuma provocar dores horríveis ao poder instalado.
Não será necessária uma grande preocupação, porque como nos filmes norte-americanos os bons ganham sempre no final da história.

Man in the Rain