EM DEZEMBRO DE 1966, O MEU PADRINHO ISIDRO ACABOU O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO EM MOÇAMBIQUE, EM PLENA GUERRA COLONIAL, COMO PILOTO DA FORÇA AÉREA.
UM BELO DIA PEGOU NO SEU AVIÃO CESSNA COM CAPACIDADE PARA 8 PESSOAS A BORDO, E INICIOU UMA VIAGEM DA BEIRA AO PORTO D. AMÉLIA NO NORTE DO PAÍS. A BORDO SEGUIA ALÉM DO CO-PILOTO, 3 HOMENS DE MEIA-IDADE, UMA CRIANÇA, UMA RAPARIGA NOVA, E RESPECTIVA MÃE.
a CHEGAR À BARRAGEM DE CAHORA BASSA, EIS QUE SENÃO REBENTA UMA FORTE E ENORMISSIMA TEMPESTADE TROPICAL, A BORDO DO AVIÃO 8 PORTUGUESES COMEÇARAM A REZAR A SANTO ANTÓNIO, NO MEIO DA CONFUSÃO O SANGUE FRIO DO ÁS PILOTO DO MEU PADRINHO FOI FUNDAMENTAL, PASSARAM A ZONA DE PERIGO E CONTINUARAM A VIAGEM PARA NORTE, QUANDO CHEGARAM À PISTA DE ATERRAGEM, DEPOIS DE UMA PRIMEIRA ANÁLISE MUITO BREVE, CONFRONTARAM-SE COM A TOTAL DESTRUIÇÃO DA PISTA DEVIDO ÁS FORTES CHUVAS, O CO-PILOTO RESOLVE VOLTAR A FAZER OUTRA RAZIA PARA OBSERVAR MELHOR AS CONDIÇÕES DO TERRENO, MAS DEFINITIVAMENTE ERA IMPOSSÍVEL, COMO SE AINDA NÃO BASTASSE ESTE PROBLEMA, VÊEM QUE JÁ ESTÃO SEM COMBUSTÍVEL, GERA-SE O pÃNICO DENTRO DO AVIÃO, A D. AMÉLIA É SÓ POR SI A MAIOR DAS GRITARIAS, O MEU PADRINHO, PILOTO COM MUITA EXPERIÊNCIA LEMBRA-SE DE REPENTE QUE TINHA VISTO UMA VASTA AÉREA DE APOIO À BARRAGEM A SUL ONDE ERA POSSIVEL TALVEZ ATERRAR O AVIÃO. VOLTAM ENTÃO, PARA TRÁS, DESLIGANDO O MOTOR DE VEZ EM QUANDO.
AO CHEGAR Á BARRAGEM,PILOTO E CO-PILOTO FAZEM PRIMEIRO UM AVISO AOS TRABALHADORES RÈS VÈS O TERRENO, FINALMENTE CONSEGUINDO ATERRAR EM SEGURANÇA.