Thursday, October 3, 2013

Trabalhar mais e ganhar menos


Vou começar por expor o tal do “enquadramento” que os académicos portugueses tanto gostam de elaborar. Isto tudo porque, há tempos o meu Pai, pediu-me que lesse um texto e eu fiz “ouvidos de mercador” mas li apenas o seguinte “mais trabalho por menos dinheiro”, e depois fiquei a pensar..

A situação actual portuguesa, tem que ver com dois factores, o estado Providência, sagrada vaca, e as sucessivas graves incompetências de todos os Governos.

O que se passa, quando a Troika nos envia um memorando, em tom de nos arreganhar os dentes, acontece em 2011, quando o Governo CDS/PSD ía todo lampeiro ao mercado de empréstimos internacionais, pós crise BPN, ou seja pós crise 8 bilhões de euros de buraco orçamental, e lhes faz um redondo “stop e para o baile”.

Aqui nesta fase, com ou sem BPN, a Troika desresponsabiliza- se de casos de corrupção, que ficam ao critério dos que sustentam o regime, e “obriga-nos” por força de créditos acumulados também na ordem dos 12 bilhões feitos na banca internacional, a “repensar” o terço da mama maravilha; mama maravilha, pensões milionárias, subsídios de reintegração, subsídios de sobrevivências para viúvas contentes, subsídios de desemprego a que maravilha de 14 meses na praia, reformas antecipadas para ir ao cabeleireiro, e subsídios de “stress” para telefonistas, e tantas outras mamas que fizeram deste e daquele, neste naquele tempo, os governantes ficarem bem vistos.

Portanto, com salvação nacional, sem salvação nacional, PS para cima ou PSD a fazer o pino, vamos ter que pagar.

Mas aqui, os factores internacionais pouco de nada servem de argumento, mais ainda que a Banca nacional queixa-se sem razão do sector imobiliário, que tanto capital gerou, e que tantas joint ventures criaram aos bancos. Aqui, portugueses, o problema mantée-se da má gestão do serviço público, da falta de visão de formação profissional, da inexistência de “guiões” para economia, de total falta de política d emprego, e de corrupções por desleixo da Justiça, e datas em documentos que ninguém percebe. PPP’s ou Swaps, dois maus negócios em Portugal, duas más politicas sucessivas, PS, e a seguir PSD, e ainda soluções financeiras de alto risco, como emissão de obrigações de Tesouro em leilões internacionais, quais pedintes à porta do supermercado.

Não há política de emprego. O motor da economia move se para a frente, depois para trás, depois um nadinha para frente e depois um nadinha para trás. Isto é dizer, vou começar a poupar na despesa, corto todos os apoios sociais, até ao número “zero”, dispenso empregados públicos, depois pago-lhes indeminizações que custam no todo “% dos salários que custariam a trabalhar, depois digo-lhes não há pedidos de reforma, e assim sucessivamente. Tudo o resto é alegoria, serviços de saúde, medicamentos, cheque nas escolas, etc, tudo isso era passível de existir, mas a ideia, afinal, era o tal texto do meu Pai.

No Cômputo mundial, como observamos na RPChina, na India, ou na Argentina, os cidadãos limitam-se a trabalhar 10 horas diárias por um copo de arroz e aceitam essa condição, é imparável e desmedida a riqueza, e a competição desses países face ao primeiro mundo.

Soluções não há, embora se beba muito em Vinho do Porto, nas reuniões de Bilderberg. Aceitarmos que temos que trabalhar mais por pouco dinheiro, não é um retrocesso aceite sem luta, a luta acontece nas eleições, e outras lideranças, outras ideologias, farão por isso mesmo.

Resta pensarmos o seguinte, colocar 3 milhões de pessoas no espaço de 4 anos, no limiar da pobreza, significa criar guetos, significa então que algumas áreas, terão um cordão higiénico, e mesmo assim o mais natural é deixá-los numa fábrica se quiserem comer uma lata de sardinhas, escola? Não, não há, médicos? Uma vez por semana na tensa de pronto socorro, etc…

Vem aí o fascismo. Vem aí um regime igualitário, que repara os danos da falta de Justiça, quer seja com congestões de chouriça de vinhais, quer seja com, escorregar na banheira.  Acabam-se com políticas comunitárias, que não nos dizem directamente nada, que nos afundam num abismo de chantagem, ou ficas no euro ou não és ninguém.

Finalmente, a conclusão do artigo que o meu Pai queria que eu lesse, a globalização no sentido, comunicações, inter-pessoais, económicas e financeiras em segundos, pois com certeza, a evolução social será toda tecnológica. Globalização política, requere outras estratégias, que julgo esta classe política, aqui, na Europa, ou nos Estados Unidos, totalmente incompetente, mesmo que vinguem as medidas de propaganda, de controlo dos media, ou de desvios no comportamento social por via, de tratar a sociedade como imbecil, que nada percebe de taxas Euribor.

E pergunta-se, a economia mundial baseada num mercantilismo medieval, onde uns produzem para outros consumirem, decidida na Organização Mundial de Comércio, sempre com milhares de manifestantes à porrada coma Policia, permanecerá a balança a favor de quem?

Capitalistas muita atenção, o jogo joga-se no campo, tem regras. A regra é que há sempre um árbitro, alguém pode comprar o Juiz, o grande come o pequeno, terão vocês vantagens, sem a protecção do estado, ou terão vantagem com a sua inexistência? Na resposta quero no mínimo 100 palavras.

SALAZAR, FALSO FASCISTA

Já o disse uma vez, e volto a repetir, hoje com razões distintas das primeiras que já referi: Salazar era um homem atrasado, católico oprimido, um homem que começou por ter medo da guerra, e que colocou o País com outro "memorando da Troika" mas depois, ele próprio declarou guerra no Ultramar. A perda de Goa em 1951, potenciou uma certa teimosia em não perder o Império, Salazar que nunca andou d...e avião, que nunca visitou as colónias portuguesas, que nunca foi a Paria, a Berlim, a Londres ou a Washington, sem dúvida haverá um certo igualitarismo fascista na sociedade, à excepção de Champalimoud, mas vejam que um regime fascista é um regime economicamente fechado, que fecha as fronteiras cobra os seus próprios impostos aduaneiros, e cria assim riqueza, mas essa porta fechada, precisa de um "testa de ferro", precisa então, não de multimilionário, mas daquele que É " o que mais ganha com o regime", ou seja, os negócios com o exterior passam por esse veiculo, Champalimoud tinha inúmeros negócios pelos 5 continentes, dava a cara pelo nacionalismo na esfera financeira mundial, e sem dúvida, assim acontecerá no novo regime fascista que surgirá das cinzas deste mau negócio que foi e é a democracia. Entretanto, há de surgir um cavalheiro com o nome Jorge Jardim, que propõe a CPLP de então, uma espécie de Commonwealth britânica, e que acaba sendo uma ameaça ao poder absoluto de Salazar, dado que era um diplomata fabuloso com imensos contactos nas esferas mais altas de poder mundial, tal como era e é Henry Kissinger. Sendo uma ameaça, e não conseguindo apoios, embora o meu primeiro Reitor na Universidade Dr Sousa Franco, assim tivesse uma certa influência no projecto, a verdade é que Jardim acaba assassinado, e lá se vai o plano. Perdemos com isso, todos. Perdemos porque vejam que até na antiga Rodésia inglesa, actual Zimbawe, a economia depende exclusivamente de ingleses. Salazar deixou 982 toneladas de ouro nos cofres do Banco de Portugal, era preciso ter investido, era preciso ter acabado com o analfabetismo, que depois vem a constituir um problema de habitat entre retornados e continentais, e com a pobreza. Salazar foi um falso fascista. Salazar foi uma troika pensada em Coimbra, onde só cabem retóricas com teias de aranha. O novo fascismo assim não será

Man in the Rain