A Amnistia Internacional tem vindo a declarar sucessivamente que, o consumo per capita de água na Palestina é consideravelmente mais baixo do que o estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, mesmo nas cidades e aldeias onde existe rede de distribuição o fornecimento é insuficiente, ou seja, mais de 200.000 palestinianos não têm acesso a água potável.
Torna-se verdadeiramente numa situação crítica, dado que a Faixa de Gaza tem uma das maiores densidades de habitantes do mundo, num território com cerca de 362 km2, que não tem praticamente quaisquer recursos naturais, e que sofre de grande escassez de água.
O Governo israelita de Benjamin Netanyahu, entretanto, declarou que cumpre o estabelecido nos Acordos de Oslo de 1993, e que fornece o abastecimento de água na ordem dos 20.8 milhões de litros cúbicos, para a Faixa de Gaza e Cisjordânia, no entanto, sucede também que Israel sofre de constrangimentos de abastecimento de água, desde a seca do ano 2009. Contudo, é um facto que Israel consome 300 litros de água por dia e por habitante numa clara diferença aos consumos dos territórios palestinianos que é de cerca de 70 litros.
A precariedade de qualidade de vida na Palestina é absolutamente chocante, dado que metade dos habitantes da Faixa de Gaza vive abaixo da linha de pobreza e cerca de 45% da população activa está desempregada.
Com os confrontos recentes entre manifestantes e agentes de segurança, que aconteceram devido ao impedimento da passagem de um comboio humanitário, no porto egípcio de Al Arish, e também com a construção de um muro de aço na fronteira entre o território palestiniano e o Egipto, cada vez se torna mais difícil a ajuda às populações mais pobres.
Para evitar o designado contrabando de armamento por parte do Hamas, e em retaliação aos rockets lançados contra Israel, o governo israelita impede a circulação de bens essenciais em algumas fronteiras, obrigando que a passagem seja feita em postos de controle israelitas, sendo que é acusado de não permitir a entrega ao seu destino.
Esta situação só ficará resolvida quando o abastecimento vindo do exterior seja efectuado através do posto de fronteira de Rafah, o que nesta altura se torna absolutamente imprescindível.
No comments:
Post a Comment