Durante a década de 1980 o Presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev começou a implementar a Glasnost (reformas que abriam caminho à liberdade política) e a Perestroika (reestruturação económica); o fim da Guerra Fria aproximava-se inevitável, dado que a crise económica que se sentia no bloco de leste, nomeadamente a falta de concorrência à economia estatal, baixos salários e consequente falta de produtos essenciais causaram o despoletar do fim do socialismo, e a abertura à economia de mercado capitalista.
Em 1989, a queda do muro de Berlim protagonizou simbolicamente o fim das disputas ideológicas, permitindo a reunificação das duas Alemanhas. As últimas eleições na Alemanha deram a vitória à União Democrática Cristã (CDU) de Angel Merkel e obrigaram a nova coligação com o Partido Social Democrata (SPD) de Gerhard Shoreder, novamente portanto, uma estrutura de centro política mas que é por si só uma frágil maioria parlamentar, esta formação defende a redução de gastos governamentais o que irá de certa medida afectar as prestações sociais, sendo por isso que a reunificação alemã ainda se encontra por realizar na plenitude, dado que os alemães pagam uma taxa obrigatória de parte do seu vencimento para a sustentação da precária economia do leste do país.
Este facto pesa bastante no orçamento de estado e na economia privada, o que por si só implica uma subida de impostos, sendo que o desemprego afecta regionalmente mais o leste. Esperava-se em 1989 que, os investimentos nacionais e estrangeiros se deslocassem para aquela parte do país, tal não aconteceu de facto.
Em conclusão, a reunificação da Alemanha foi um momento único na história mundial recente mas que levará décadas a concluir, e portanto a guerra fria, no sentido económico do termo, ainda hoje é uma realidade para os cidadãos da Alemanha de Leste, não podendo o pragmatismo político europeu negar a visão estrutural e social que afecta e influencia esta região ainda actualmente tão cúmplice do confronto dos dois blocos ideológicos.
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