Monday, November 9, 2009

QUEDA DO MURO DE BERLIM

Durante a década de 1980 o Presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev começou a implementar a Glasnost (reformas que abriam caminho à liberdade política) e a Perestroika (reestruturação económica); o fim da Guerra Fria aproximava-se inevitável, dado que a crise económica que se sentia no bloco de leste, nomeadamente a falta de concorrência à economia estatal, baixos salários e consequente falta de produtos essenciais causaram o despoletar do fim do socialismo, e a abertura à economia de mercado capitalista.
Em 1989, a queda do muro de Berlim protagonizou simbolicamente o fim das disputas ideológicas, permitindo a reunificação das duas Alemanhas. As últimas eleições na Alemanha deram a vitória à União Democrática Cristã (CDU) de Angel Merkel e obrigaram a nova coligação com o Partido Social Democrata (SPD) de Gerhard Shoreder, novamente portanto, uma estrutura de centro política mas que é por si só uma frágil maioria parlamentar, esta formação defende a redução de gastos governamentais o que irá de certa medida afectar as prestações sociais, sendo por isso que a reunificação alemã ainda se encontra por realizar na plenitude, dado que os alemães pagam uma taxa obrigatória de parte do seu vencimento para a sustentação da precária economia do leste do país.
Este facto pesa bastante no orçamento de estado e na economia privada, o que por si só implica uma subida de impostos, sendo que o desemprego afecta regionalmente mais o leste. Esperava-se em 1989 que, os investimentos nacionais e estrangeiros se deslocassem para aquela parte do país, tal não aconteceu de facto.
Em conclusão, a reunificação da Alemanha foi um momento único na história mundial recente mas que levará décadas a concluir, e portanto a guerra fria, no sentido económico do termo, ainda hoje é uma realidade para os cidadãos da Alemanha de Leste, não podendo o pragmatismo político europeu negar a visão estrutural e social que afecta e influencia esta região ainda actualmente tão cúmplice do confronto dos dois blocos ideológicos.
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Friday, November 6, 2009

ELEIÇÕES 2010 NA PALESTINA

As eleições palestinianas, segundo anunciou o Presidente Mahmoud Abbas, realizar-se-ão no dia 24 de Janeiro de 2010. Mais uma vez se coloca o problema da eleição maioritária do partido no governo do Hamas, com quem os israelitas se recusam negociar a paz.
Para o governo de Telavive o grupo armado não é um parceiro viável, dado que não negoceiam os novos colonatos na Cisjordânia e as várias incursões militares a Gaza, política desenhada pelo governo de Ariel Sharon e que continua a ser seguida pelo Primeiro-Ministro Benjamim Netanyahu que, encontra no Presidente Palestiniano Abbas um interlocutor favorável e passivo da política agressiva de Israel.

Um Estado palestiniano viável é contudo, um princípio estratégico que Israel não está interessado e que, presume mais um aliado do Irão. Sendo que, é manifestamente visível que Telavive apenas pretende discutir o futuro estado palestiniano com quem consegue facilmente manipular.
Ainda que se espere uma nova vitória do Hamas nas futuras legislativas, e quem sabe até mesmo a presidência, mantém-se um cenário de intransigência dos dois parceiros, em uma situação de instabilidade política na região, que pode suscitar num novo conflito entre as partes, e precipitar uma ofensiva israelita contra Teerão. Algo que, se aguarda previsível a esta distância.

Tuesday, November 3, 2009

ESQUEMA ILÍCITO DE FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Sabe-se que o financiamento dos partidos políticos não são somente somas de dinheiro, cedidas por empresas e/ou particulares directamente às respectivas contabilidades, o que se desconhece são as diversos esquemas ilícitos que fazem entrar dividendos nos cofres partidários.
Um desses esquemas funciona de forma pirata e serve-se de capangas para o praticar, sob forma de chantagem e não só.

Os maiores partidos políticos, nomeadamente o PS e o PSD, alternadamente no poder, servem-se de empresas em risco de falência para lucrarem milhões de euros com a sua recuperação; utilizando fundos do estado ou do FEDER, saneiam as contas dos negócios em risco, colocam-nas em mercados privilegiados, em especial, junto dos CPLP a quem são fornecidos contractos de grandes quantias financeiras e, depois recuperam os lucros e o investimento inicial que, vai directo para as contas bancárias dos partidos.

Em simultâneo, afastam as respectivas gerências (chantageando com a viabilidade das suas empresas), oferecendo avenças aos empresários, advogados e gestores, para integrarem quadros na função pública onde devem praticar as linhas políticas de acordo com os princípios partidários em causa, e dessa forma jogando uma carta dupla que lhes permite ganhar muito dinheiro e também tráfico de influências, ao mesmo tempo.

Resta averiguar se as campanhas de financiamento ilícito dos partidos políticos, são facturadas em regimes democráticos livres, do mesmo modo que as oligarquias da máfia branqueiam capitais.

Wednesday, October 28, 2009

ESCÂNDALO EM GAZA


De acordo com a Amnistia Internacional no espaço de 22 dias, entre 27 de Dezembro de 2008 a 17 de Janeiro de 2009, foram mortos 900 palestinianos, entre os quais 300 crianças.
Segundo reporta a Al’Jazeera, bebés palestinianos levam tiros na cabeça e pessoas morrem queimadas e com injúrias internas devido a bombas de fósforo branco.
O conselho Goldstone criado pelas Nações Unidas para avaliar a ofensiva israelita em Gaza, considerou um “ataque deliberadamente desproporcional, com o objectivo de punir, humilhar e aterrorizar a população civil, radicalmente diminuindo a capacidade da economia local (…)”
Inclusive, o MNE sueco, cancelou uma visita oficial a Israel devido a notícias da comunicação social daquele país nórdico, onde são expostas atrocidades cometidas pelo exército israelita que, entre outras coisas, retira órgão humanas de palestinianos mortos que depois são traficados numa rede internacional judaica.
Estes números são um verdadeiro escândalo internacional dão que é impossível bater estes recordes de morte em qualquer outro local do planeta.
A retaliação palestiniana é um acto de coragem, anti-feudal e anti-medieval contra as cruzadas judaicas pela posse de território e poder, face apenas a simples cidadãos desprovidos dos mesmos meios de ataque.




Monday, October 26, 2009

CONTRABANDO DE DIAMANTES

O tráfico de diamantes faz-se por diversos motivos; por motivos políticos quando os dirigentes dos países africanos pretendem ganhar milhões para manter os seus exércitos, por motivos particulares que por ganhar dinheiro, traficar influências e deter poder se tornam elementos apelativos.

Os maiores mercados de diamantes vão desde a África do Sul à Guiné-Bissau e também Brasil e Venezuela, e fomentam os negócios paralelos de armas, drogas e falsificação de identidades que, circulam no mundo inteiro, desde a Tailândia e as tríades até à Colômbia e ao México, dos carteis.

Embora o processo de Kimberley (acordo lançado pelas Nações Unidas em Maio de 2000) tenha vindo a diminuir o contrabando de diamantes, Antuérpia o maior centro de comércio das pedras preciosas, com um volume de negócios de 40 biliões de euros/ano, continua também a ser, um receptor do mercado paralelo, bem como Bruxelas e Zurique, pois são emitidos certificados de origem falsos que viabilizam a venda nestes centros de lapidação.

Existem formas estrategas de passar diamantes nos aeroportos, escondidos no cabelo ou camuflados na terra, em vasos de plantas, o certo é que não sendo taxados o comércio particular oscila entre os 25.000 euros e os 10 milhões. Um negócio que tem a cobertura dos mais diversos lobbies, políticos e financeiros, públicos e privados que, se encarregam de executar operações clandestinas de suborno, rapto e extorsão debaixo dos holofotes da opinião pública, e assim, a lenda continua.

Friday, October 23, 2009

O CASO LOCKERBIE

“As provas do caso Lockerbie foram manipuladas para parecer que a Líbia estava conectada com o ataque”, disse Edwin Bollier, administrador da suíça MEBO Inc., ligado ao caso, pois os dois temporizadores MST-13 encontrados nos destroços do aparelho, eram fabrico da companhia helvética.

O voo 103 da PAM AM que explodiu na Escócia em Dezembro de 1988, matando 270 pessoas, grande maioria de nacionalidade norte-americana., pode muito bem ter sido um ataque subversivo fabricado por um grupo ou instituição que se esforçou para culpabilizar o regime de Khadafi e do agente secreto líbio Ali Mohamed Al-Megrahi, condenado na Holanda em 2001 e libertado no passado dia 20 de Agosto de um prisão em Glasgow, sendo que fontes oficiais britânicas afirmaram que o petróleo pesou na decisão.


As provas reunidas em julgamento, nomeadamente os dois temporizadores suíços MST-13 foram inconclusivas, dado que o representante da MEBO afirmou que o material tinha sido roubado e não enviado para a Líbia; consta também que, o equipamento electrónico foi entregue em Bernau, na Alemanha Oriental em 1985, e o que o Instituto receptor estava ligado à STASI (serviços secretos da Ex-RDA).


Coloca-se portanto, a hipótese dos dois temporizadores poderem ter sido desviados e utilizados como cobertura política, para justificar as sanções aplicadas a um país árabe, à época ultra-radical, e assim pode-se concluir que a queda do bloco soviético não implicou necessariamente mudanças nas operações anti-islâmicas por parte dos E.U.A., tal como aconteceu no cerco a Saravejo onde as potências ocidentais, representadas pela CIA, MI6, BND e Mossad estiveram envolvidas, porque o que importa é combater os muçulmanos.