O défice público que significa
que não existe cobrança de impostos, dado o número de falências e o crescente
diário, constante e perigoso número de desempregados, é de 4 mil milhões e 400
mil Euros. O dinheiro do QREN, por
incrível que possa parecer, destina-se a investimentos empresariais nos CPLP. A
criação de emprego em Portugal, é assim, uma Utopia.
Em 4 anos futuros, o pagamento de
impostos das grandes empresas, e de joint ventures financeiras ligadas a
Holding’s de Bancos de Investimento, deixarão de ser efectuados em sede de
Portugal. A “mentira conveniente” da classe política, é a de apelar ao
investimento estrangeiro, quando esse investimento é realizado nas operações
financeiras na Bolsa de Valores, exactamente e não ingenuamente, para assim
obterem retornos desse capital que segue para África.
A reforma do Estado, que deveria ser
efectuada pelo Tribunal de Contas, e não decidida por presumíveis
“entendedores” da organização financeira do Estado, serve apenas para despedir
cegamente, os excedentários, e cegamente significa: “quem são os
excendentários?” e “quem é que decide quem são os excendentários?”, novamente,
e face à lei, deveria ser competência
legal do Tribunal de Contas essa análise técnica, e não partir de decisão
governamental, com ou sem, acordo parlamentar.
Neste caso, o cenário de uma
fracção populacional inactiva, prolonga a crise do défice público, porque os “inactivos”
são uma despesa orçamental pública colossal.
Os banqueiros, pouco interessados
nos depósitos bancários oriundos do “trabalho”, dado que não vinga a
competitividade empresarial portuguesa, face à globalização, e face à
globalização, resta a Portugal recorrer das exportações tradicionais, para
novos mercados, que não exactamente o mercado comunitário em crise e também,
com a desistência de reformular o valor do trabalho em relação ao tipo de contrato
laboral, que na minha opinião, o conceito da “flexibilidade” dos contratos
laborais, encontra-se em contradição com as políticas dos Países emergentes,
porque nos Países em Desenvolvimento, os contratos de trabalho asseguram os
impostos. A acrescentar ainda a ideia conceptual da “refundação do Estado” muito vazia de conteúdo ideológico, não observando
critérios de competências versus salários, e questionando :“Para quê Governo
sem Governação?”.
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