Ironicamente, O Estado da Nação é um grande servidor sempre em baixo, sempre com o sistema parado, sempre lento. Gostaria que lessem este artigo, que penso ser de uma análise rigorosa e séria sobre economia política e internacional.
Começo pela crise mundial, que afecta o globo transversalmente. O petróleo é escasso para as necessidades globais, visto este facto como absoluto, e porque países com produções elevadíssimas como a RPChina, necessitam de cerca de 30% do petróleo vendido pelos países da OPEP, sendo que a exploração aumenta e a inflação do custo desse bem aumenta por consequência, esta é uma lei económica; por outro lado, potências económicas com problemas de capitalização das economias e a sofrerem de competição desleal na OMC, ocupam países produtores de petróleo e constroem aquedutos subterrâneos de dimensões gigantescas para poderem manter o seu status quo. Não sendo suficiente, a análise do mercado internacional de petróleo, há a acrescentar as constituições de bancos de investimento, subsequentes à venda e compra de acções no sistema liberal de economia, e à globalização dos mercados, e a extensa troca de bens de consumo, que são na sua maioria detidos por grandes heranças particulares normalmente designados por Fundos private equitity, que estão na actualidade a provocar uma enorme instabilidade nos mercados financeiros, e que não são devidamente controlados pelas legislações governamentais, nomeadamente os prazos de depósitos que são curtíssimos no tempo, que por sua vez permitem a fuga ao Imposto sobre capitais, e que por um lado movimentam o dinheiro livremente nas bolsas de valores monetários, para aquisição de futuras alternativas energéticas, ainda muito especuladas, tais como as eco-bonds norte-americanas, e/ou derivados combustíveis que advém de resíduos das centrais nucleares, possíveis energias de recurso imediato, e que promovem grandes perdas e ganhos ao minuto, e que por isso participam nas quedas abruptas de ganhos financeiros para a Banca em geral.
Retomando o Estado da Nação, penso que a dívida pública atingiu valores insustentáveis para a economia interna, que tem por contar as enormes quantidades de falências das PME’s que assentavam em ajudas tributárias não consistentes, e que são obrigadas a lidar com as facturas da energia, sempre volátil nos mercados internacionais; os juros da dívida pública, e o seu pagamento obrigatório, que dependem do PIB que, sobe lentamente apenas no comércio a retalho, e não através do aumento das exportações, que se faziam com os parceiros europeus agora também em crise, Espanha e RFAlemanha, seriam na minha opinião comprados pelos contribuintes nacionais, através de títulos de crédito, que não são mais que obrigações a médio prazo, totalmente reembolsáveis, sobre os empréstimos do Estado, para afectar consequentemente, ao défice público, quer este seja nos apoios ao desemprego, à Segurança Social em geral, quer sejam para investimento nas obras públicas, ou nos diversos défices da Saúde e dos transportes.
Concluindo, as políticas governamentais de estabilização da economia, nomeadamente no resgate à banca de investimentos, não deveria ser executada senão através de legislação rigorosa sobre prazos de valorização monetária sobre os depósitos e sobre aumentos de capitais sociais obrigatórios, em revisões constantemente vigiadas, pelo Instituto de Investimento Público. E, seria uma medida de promoção ao emprego, a diminuição do IVA em bens essencialmente de exportação, como os vinhos, que permitiriam maior produção, mais encaixe financeiro e mais emprego paralelo, quer no transporte, quer na venda a retalho, quer na produção agrícola, quer no valor da receita na balança comercial.
Gostaria de fazer chegar esta mensagem, a quem de direito, aos analistas económicos e aos governantes, banqueiros e industriais, porque o estado da Nação humilha-nos, face aos estrangeiros, que decidem políticas para o País, sem qualquer referendum político, e sem qualquer piedade. Somos um povo, tristemente, humilhado.
No comments:
Post a Comment