A venda de armamento, começa nas feiras mundiais de apresentação de novas armas, nomeadamente no sul do Brasil na fronteira com Uruguai, e na Roménia em Bucareste, todos os anos na Primavera, desde os anos da Guerra Fria, até ter obtido grande competição, especialmente em material sofisticado de assalto e combate homem a homem, mais procurado pelos negociantes de armas, do que propriamente pelos exércitos do mundo inteiro.
Os interesses estratégicos das grandes potências, pelo controle das regiões mais ricas em minerais e petróleo, ou a respectiva localização mundial, que interessa dominar do ponto de vista militar, são alvos de negócios onde o material comprado legalmente, passa a ilegal, é desviado das rotas, e entra no contrabando.
Colocar guerilhas, ou movimentos de libertação políticos na posse de diverso armamento é um processo altamente estudado, e executado desde a fonte ao receptor, com planos logísticos muito bem organizados.
O exemplo da Palestina que há muito tempo, construiu túneis de acesso à Faixa de Gaza a partir do Egipto, relativamente controlados pelos israelitas, por onde passam todo o tipo de armas e que mantém o conflito latente, são introduzidas por via marítima subindo o Nilo, provenientes do corno de África, colocadas por russos, americanos e chineses, ou ilegalmente por outros países, inclusive Israel, são negociadas com as tribos locais, em particular com os Ashanti da Etiópia a 300 kilómetros da costa, por coincidência a origem de alguns líderes sudaneses no poder desde os anos oitenta.
Na Suiça reúnem-se periodicamente chefes de Estado, comitivas dos serviços de segurança, até mesmo exilados políticos para decidir para onde vai o orçamento roubado aos cidadãos africanos, do comércio das riquezas africanas.
O controle geográfico e o desenho político, continua a ser decisivo para o armamento desviado, que acabará sempre por manter guerras regionais, étnicas e religiosas, muito lucrativas para os tubarões do negócio paralelo de armas.
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