No passado dia 30 de Dezembro, um ataque suicida em instalações secretas da CIA no Afeganistão, matou 7 agentes secretos norte-americanos e um oficial jordano. O ataque foi perpetrado por um agente duplo, um médico jordano Humam khalil Abu-Mulal al-Balawi , de 36 anos, que trabalhava a soldo dos Estados Unidos, e que pertencia próximo à hierarquia da Al’Qaeda.
Este agente duplo foi decisivo na captura e morte do n.º 2 da Al’Qaeda, Ayman al-Zawahri, de quem ganhou confiança. Balawi acedeu às instalações da CIA, Base Chapman, na remota província de Khost, dizendo que tinha informações urgentes para transmitir aos americanos.
Isto significa cada vez mais, uma situação dramática na guerra ao terrorismo depois do 11 de Setembro, porque havia sido o primeiro sucesso na técnica de infiltração na rede da Al’Qaeda, por parte dos serviços de inteligência norte-americanos, e simultaneamente a utilização de bombistas suicidas para atingirem e assassinarem altos cargos dentro da organização terrorista.
Este ataque teve, igualmente, implicações na parceria americana-paquistanesa na região, dado que Islamabad repetidamente falha no combate aos terroristas talibans, em especial sobre o alvo do grupo Haqqanis, que sem a sua ajuda este ataque não teria sucedido.
Alguns dos membros da CIA assassinados eram considerados entre o top-cinco maiores especialistas sobre Bin Laden. Este acontecimento, revela portanto, uma reacção mortífera conseguida pelos extremistas, como vingança e em resposta à utilização de agentes a soldo, por parte dos americanos e seus aliados.
O facto é que é imprescindível a utilização de agentes duplos, na espionagem e ainda mais importante na guerra ao terrorismo, sobretudo contra o jihadismo da próxima década.
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