PIRATAS NO GOLFO DE ÉDEN
O grupo radical islâmico Shabaab (com cerca de 3000 membros) e o seu Comandante Abu Zubeyr, abriu muitos campos de treino desde Abril de 2007, tudo começou com uma antiga luta entre as tribos inimigas Hawiye e a norte o clã Darod, com o intuito de controlar o país.
Para cúmulo o Governo Federal Transnacional esforça-se por acabar com as imensas deserções nas suas fileiras de combate contra as tribos em conflito, e têm também com o objectivo lutar contra a ocupação militar etíope dentro da Somália.
O rapto de estrangeiros na Somália é um negócio muito lucrativo, especialmente na região de Bossaso.
Mas a grande questão somaliense é o embargo decretado pelas Nações Unidas pela Resolução 733 (1992) e depois pela Resolução 1425 (2002) com o objectivo de interromper o fornecimento de armas e treino de actividades militares que seguramente não é cumprido, muito pelo contrário, a situação detiora-se cada vez mais. O embargo é violado pelos diversos pontos portuários do país, nomeadamente através do Oceano Indico e Golfo de Éden e por outros locais estratégicos, inclusivé são também exportadores de armas para o Kenya.
Embarcações vindas dos Emirados Estados Unidos e especialmente do Yémen entram normalmente pelo porto de Kismayo.
O Clã de Warsangeli que controla o porto de La Qoray é o maior apoiante da ONLF, Frente Nacional de Libertação de Ogaden, fornecendo armas a outros clãs com quem tem boas relações, como os Dhulbahante.
O maior problema da Somália é que a Shabaab está a infiltra-se cada vez mais no território, inclusive nas Forças Armadas somalienses.
O Tráfico de armas, ou melhor, o seu fornecimento é feito através do aeroporto em bases armadas em Mogadishu, depois por pontes aéreas até Hargeisa e finalmente viajam por barco para o Yémen. São normalmente AK-47s, munições, RPG-25 que chegam a Mogadishu.
A política de Shabaab é hijacking a fragatas e navios mercantes e pirataria em geral, e não é duvidoso que a Coreia do Norte não forneça aos piratas armamentos como rockets e metralhadoras sofisticadas.
A estrada Eritreia-Djiboutian é uma das formas de despiste do tráfico de armamento, os combatentes têm muitas vezes treino em Zanzibar, Afeganistão e Paquistão, onde aprendem a fazer explosivos, técnicas de assassinato, guerrilha e técnicas de defesa pessoal.
Não é a primeira vez que os E.U.A. lançam mísseis contra posições em Dobley (2008, Março) de forma a interromper o mercado ilegal de armamento. Isto porque foram encontrados mísseis na Somália, onde os números de série identificavam serem russos, mas a resposta de Moscovo é que as licenças de produção seriam da Bulgária, Checoslováquia, Polónia, Roménia e ex-Jugoslávia, mísseis esses produzidos em 1978, mas acabou-se por não se confirmara origem.
O Governo Federal Transnacional da Somália está em colapso devido aos senhores da guerra, aos diversos clãs étnicos em conflito, e às pilhas de armamento que circulam nas ruas, e isto cria oportunidades de negócio para novos investidores oportunistas que se envolvem em negócios de milhões de dólares..
O segundo grupo a traficar armas para a Somália vem do Uganda, mas como podemos verificar pelos contribuintes externos não é caso único:
- 2 milhões dólares Algéria
- 2 milhões dólares Kenya
-100.000 dólares República Popular da China
-1 milhão dólares directo do Presidente YUssuf do Governo do Sudão.
A União Africana por seu lado, diplomaticamente tem referido em várias instâncias, o levantamento do embargo ao Governo Federal Transnacional da Somália, pois o potencial impacto poderia mudar o rumo do conflito.
Enquanto isso, vamos muito provavelmente assistir a mais alguns ataques cirúrgicos norte-americanos no Corno de África, que pouco ou nada modificarão a trajectória da Somália, enquanto não houver uma solução federalista libertária, baseada num princípio de flexibilidade governativa e naturalidade organizacional, portanto, um paradigma anarquista.
O grupo radical islâmico Shabaab (com cerca de 3000 membros) e o seu Comandante Abu Zubeyr, abriu muitos campos de treino desde Abril de 2007, tudo começou com uma antiga luta entre as tribos inimigas Hawiye e a norte o clã Darod, com o intuito de controlar o país.
Para cúmulo o Governo Federal Transnacional esforça-se por acabar com as imensas deserções nas suas fileiras de combate contra as tribos em conflito, e têm também com o objectivo lutar contra a ocupação militar etíope dentro da Somália.
O rapto de estrangeiros na Somália é um negócio muito lucrativo, especialmente na região de Bossaso.
Mas a grande questão somaliense é o embargo decretado pelas Nações Unidas pela Resolução 733 (1992) e depois pela Resolução 1425 (2002) com o objectivo de interromper o fornecimento de armas e treino de actividades militares que seguramente não é cumprido, muito pelo contrário, a situação detiora-se cada vez mais. O embargo é violado pelos diversos pontos portuários do país, nomeadamente através do Oceano Indico e Golfo de Éden e por outros locais estratégicos, inclusivé são também exportadores de armas para o Kenya.
Embarcações vindas dos Emirados Estados Unidos e especialmente do Yémen entram normalmente pelo porto de Kismayo.
O Clã de Warsangeli que controla o porto de La Qoray é o maior apoiante da ONLF, Frente Nacional de Libertação de Ogaden, fornecendo armas a outros clãs com quem tem boas relações, como os Dhulbahante.
O maior problema da Somália é que a Shabaab está a infiltra-se cada vez mais no território, inclusive nas Forças Armadas somalienses.
O Tráfico de armas, ou melhor, o seu fornecimento é feito através do aeroporto em bases armadas em Mogadishu, depois por pontes aéreas até Hargeisa e finalmente viajam por barco para o Yémen. São normalmente AK-47s, munições, RPG-25 que chegam a Mogadishu.
A política de Shabaab é hijacking a fragatas e navios mercantes e pirataria em geral, e não é duvidoso que a Coreia do Norte não forneça aos piratas armamentos como rockets e metralhadoras sofisticadas.
A estrada Eritreia-Djiboutian é uma das formas de despiste do tráfico de armamento, os combatentes têm muitas vezes treino em Zanzibar, Afeganistão e Paquistão, onde aprendem a fazer explosivos, técnicas de assassinato, guerrilha e técnicas de defesa pessoal.
Não é a primeira vez que os E.U.A. lançam mísseis contra posições em Dobley (2008, Março) de forma a interromper o mercado ilegal de armamento. Isto porque foram encontrados mísseis na Somália, onde os números de série identificavam serem russos, mas a resposta de Moscovo é que as licenças de produção seriam da Bulgária, Checoslováquia, Polónia, Roménia e ex-Jugoslávia, mísseis esses produzidos em 1978, mas acabou-se por não se confirmara origem.
O Governo Federal Transnacional da Somália está em colapso devido aos senhores da guerra, aos diversos clãs étnicos em conflito, e às pilhas de armamento que circulam nas ruas, e isto cria oportunidades de negócio para novos investidores oportunistas que se envolvem em negócios de milhões de dólares..
O segundo grupo a traficar armas para a Somália vem do Uganda, mas como podemos verificar pelos contribuintes externos não é caso único:
- 2 milhões dólares Algéria
- 2 milhões dólares Kenya
-100.000 dólares República Popular da China
-1 milhão dólares directo do Presidente YUssuf do Governo do Sudão.
A União Africana por seu lado, diplomaticamente tem referido em várias instâncias, o levantamento do embargo ao Governo Federal Transnacional da Somália, pois o potencial impacto poderia mudar o rumo do conflito.
Enquanto isso, vamos muito provavelmente assistir a mais alguns ataques cirúrgicos norte-americanos no Corno de África, que pouco ou nada modificarão a trajectória da Somália, enquanto não houver uma solução federalista libertária, baseada num princípio de flexibilidade governativa e naturalidade organizacional, portanto, um paradigma anarquista.
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