“Os Países Ocidentais tendem a dar como garantida a
estabilidade política de Portugal, mais do que a de facto existe”
As condições económicas determinam a estabilidade política
de um País. Isto é uma verdade incondicional. No caso português a revolução
militar de 74 nada teve haver com condições económicas mas com o desagrado na
condução e prossecução da guerra colonial, inserida no quadro internacional da
guerra fria; contudo, o MFA acabou por reflectir um certo sentimento anti
fascista, criando assim em Portugal, um trauma social associado ao governo de
extrema direita de Salazar.
Após a queda do muro de Berlim, e embora extemporaneamente
alguns dos conflitos na Europa, sejam de carácter étnico, quer fosse o conflito
da Sérvia ou actualmente a questão da
Ukrânia, o facto é a que a solidez da estrutura na CE, quer por via da balança
estritamente necessária dos défices públicos, da uniformização do sistema
financeiro, da legislação transversal, um qualquer País inserido no computo de
um exército comum como o da NATO, tende a garantir que ninguém foge as regras
do convívio da instalada demagogia ocidental.
Existem três grandes quadrantes de influência social, o
anarquismo, o fascismo, e o comunismo. Os números de envolvidos nestas extremas
políticas não são o mais importante, quando se observam os números eleitorais;
por um lado, antes de mais o condicionalismo de resultados manipulados pelos
partidos políticos com acesso ao Poder, por outro, as lideranças desses grupos,
e por outro a falta de acesso aos grandes de meios de comunicação social. Mas o
facto é que a soceidade de informação, alterou todas as previsões de mudanças,
neste caso radicais, sendo que as previsões já não devem ser consideradas
baseado em votantes, mas sim em lobbies, e núcleos restritos de influência.
Quando digo lobbies, estou a considerar que um grupo mínimo de pessoas tem a
capacidade de influenciar decisões de alta política, mais ainda, se influenciar
decisões de cáracter económico. Não
existe em Portugal, esse lobbie à extrema esquerda, mas sim do lado da extrema
direita, como seja o MON (Movimento de Oposição Nacional), onde dão a face
inúmeras personalidades ligadas ao ensino académico sobretudo, mas também ao
mundo empresarial. Aqui poderão juntar-se-lhe os elementos agitadores, este ou
aquele individuo que tem por função, estabelecer quer ligações ao estrangeiro,
quer um certo anarquismo influenciando o psicológico social. Na extrema esquerda, tenho a referir elementos
infiltrados comunistas dentro de partidos de centro esquerda, ao nível das
intrigas palacianas, o que também acontece à direita mas sem o mesmo
secretismo, e ainda as variantes ligações com grupos de esquerda ligados ao
sovietismo, muito em especial, os gregos, italianos, espanhóis e colombianos,
que se financiam(com as suas actividades ilícitas ou legais) os partidos
nacionais de extrema esquerda não tenho elementos de investigação suficientes
para os referir.
Em conclusão, ao que me foi solicitado nesta exposição,
concluo referindo que, ao nível dos cyber ataques a infra estruturas vitais do
Estado, e nessa possibilidade, refiro que ao nível planetário, haverão cerca de
uma centena de hackers com essa competência técnica capazes de o executar, o
que é uma desproporção gigantesca no braço de ferro sistema- anti sistema, e
esse número refere-se apenas aos hackers com motivação política. E, por fim
que, na minha opinião, e retirando esta conclusão, de um episódio que ocorreu
na Bélgica, de um assalto a uma transmissão de televisão, à hora das notícias
da noite, será este ocorrência terrorista, a que coloca em risco com muita
perigosidade a estabilidade política de um estado com este regime actual, ou
com qualquer outro de outra espécie, o que aconteceu na Bélgica, proveio de um
movimento separatista da província flamenga, acabou por proporcionar ao grupo
que cometeu o acto terrorista uma brutal subida nas eleições regionais
seguintes, e proporcionou não só a movimentação de avultadas quantias
financeiras para financiamento partidário, mas também uma excelente publicidade
política. No que respeita à cultura política portuguesa, um acto semelhante
teria precisamente efeitos muito mais sensíveis junto das autoridades,
descredibilizaria a política, teria um impacto destabilizante ao ponto de
eventualmente provocar eleições antecipadas, e desmitificaria os traumas
históricos, muitos deles desactualizados da realidade dos pensadores, dos intelectuais,
dos académicos, e da grande maioria da juventude portuguesa.