Wednesday, April 24, 2013

NEGÓCIO DE DIAMANTES JULGADO EM LONDRES (POR RAFAEL MARQUES)

Durante a guerra pós-eleitoral, duas figuras estrangeiras tornaram-se sinónimo de poder presidencial em Angola: o russo-israelita Arkady Gaydamak e o franco-brasileiro Pierre Falcone, ambos traficantes de armas.


Para breve conhecimento dos leitores, Maka Angola reporta apenas, no presente texto, como o negócio de armas se expandiu para o sector dos diamantes e a família presidencial, por via de Isabel dos Santos, foi das principais beneficiárias. As revelações constam de vários documentos submetidos a um tribunal de Londres, onde Arkady Gaydamak apresentou queixa contra o seu ex-companheiro de negócios em Angola, Lev Leviev, e cuja sentença foi proferida a 26 de Junho de 2012.


Gaydamak provou em tribunal ter sido o autor da ideia de criação de uma empresa com poder exclusivo e monopolista de compra e venda de diamantes em Angola, a Angola Selling Corporation (Ascorp).


O Contexto da Guerra


Gaydamak explicou ao tribunal que, em 1993, após o retorno à guerra, “havia indefinição, após o colapso da União Soviética, se o governo derrotaria o grupo rebelde UNITA, liderado por Jonas Savimbi”.


“A partir de 1993, passei activamente a assistir o governo legítimo, reconhecido pelas Nações Unidas, na provisão de equipamento militar, comida, medicamentos e outros equipamentos, assim como na obtenção de financiamentos. Eu ajudei o governo a conseguir créditos, através de petróleo, para pagar as despesas”, informou Gaydamak ao tribunal.


Gaydamak descreveu como, nessa altura, após ter sido mal-sucedido numa venda de helicópteros, encontrou-se com o intermediário do negócio, Pierre Falcone. Para evitar os custos alfandegários do retorno dos helicópteros para a Rússia, as aeronaves foram armazenadas em Roterdão, na Holanda.


“Os custos com o armazenamento dos helicópteros eram demasiado altos e requeriam o seu acondicionamento em locais limpos. Eu estava para desembaraçar-me deles como sucata, mas uns meses depois o Falcone disse-me que tinha conseguido um novo cliente em Angola, como resultado do seu encontro com o filho do antigo Presidente Miterrand”.


O negociante russo-israelita não perdeu tempo e colocou o seu avião privado à disposição de dirigentes angolanos para verificarem os helicópteros na Holanda. “Eu sabia que eles [governantes angolanos] não podiam pagar pelos helicópteros em dinheiro. Mas disse-lhes que os podiam levar. O preço de mercado eram 70 milhões de dólares, mas entreguei-lhes a crédito. Depois deste presente, o acesso ao Presidente passou a ser bastante fácil tanto para mim como para o Falcone”.


A relação privilegiada da dupla Gaydamak-Falcone com o Presidente José Eduardo dos Santos resultou no famoso escândalo Angolagate que, durante anos, esteve sob alçada da justiça francesa.


Documentos recolhidos pela justiça francesa dão conta que a Sonangol depositou, ao longo dos anos 90, cerca de um bilião de dólares em contas de Pierre Falcone. Este, por sua vez distribuía os fundos para as contas pessoais do Presidente José Eduardo dos Santos e seus principais colaboradores. Para se atestar a natureza dos negócios da dupla, há o exemplo de uma venda de armas a Angola num total de US $790.8 milhões. A justiça francesa revelou provas documentais em como, do referido valor, Pierre Falcone e Arkady Gaydamak embolsaram metade entre si, enquanto a Sonangol, para suportar a operação, hipotecou 20,000 barris de petróleo por dia ao banco francês Paribas.


O russo-isrealita gabou-se, em tribunal, de ter sido ele, como “voluntário”, a assessorar o Presidente José Eduardo dos Santos “na criação de operações logísticas que poriam fim à guerra em Angola”. Mais disse: “Fui à Rússia, empreguei uma equipa de especialistas militares para elaborarem um plano. Organizei a logística a partir da Rússia”.


Gaydamak informou o tribunal que, até 1999, havia participado em transacções com as autoridades angolanas, avaliadas em cerca de US $10 biliões.


Com as portas do palácio presidencial franqueadas, os dois sócios diversificaram os seus interesses adquirindo participações em poços de petróleos através da Falcon Oil & Gas e da Prodev. Os negócios de Pierre Falcone rapidamente expandiram-se para outros sectores da economia, incluindo, a posteriori, os acordos para a participação da China na reconstrução de Angola. Gaydamak focou-se no controlo monopolista do sector dos diamantes e na prestação de serviços de segurança.


O Monopólio da Ascorp


“Eu idealizei que era necessário um sistema de controlo. Sugeri ao governo de Angola que deveria reorganizar o sector dos diamantes e centralizar a circulação de diamantes através de uma única empresa, que seria em parceria entre o governo e sócios privados. Isso permitiria ao governo ter maior controlo sobre as receitas financeiras resultantes da venda de diamantes”, explicou Gaydamak.


Após vender a sua ideia ao Presidente dos Santos e ter recebido luz verde, o mercador de armas passou à acção. Entre 1998 e 1999, Gaydamak estabeleceu negociações com Ehud Laniado, Isabel dos Santos e o seu então namorado sírio, Juan Barazzi, para a criação de um consórcio, em que o primeiro beneficiaria dos “contuários” da filha do Presidente e seus sócios. Contuário é uma corruptela do francês comptoir, que designa o posto de compra de diamantes.


Por sua vez, Gaydamak trazia para Angola a experiência dos serviços secretos israelitas, Mossad, por via do seu ex-director-geral Danny Yatom e outros antigos operativos séniores desta agência que se juntaram à sua empresa SCG. O ex-chefe do Estado-Maior General das Forças de Defesa de Israel, general Moshe Levy, integrou também a direcção da SCG.


Em 2002, a Ascorp rescindiu contrato com a SCG e contratou a Stanwest e a Welox que, por sua vez, usaram parte do pessoal da SCG. Na altura, o governo julgou o Corpo de Segurança de Diamantes, por si criado, como incompetente, para justificar a contratação da Stanwest, e não fez menção pública à SCG. No ano seguinte, o mesmo governo acusou as suas associadas estrangeiras de incapacidade no combate ao tráfico de diamantes e rescindiu o contrato com as referidas empresas, mas manteve a Welox como sócia da Ascorp.


Segundo Gaydamak, devido à sua inexperiência no negócio dos diamantes, solicitou a parceria de Lev Leviev, a quem também pediu para servir de seu testa-de-ferro, como portador das suas acções no consórcio diamantífero.


A Ascorp passou a ter a seguinte estrutura accionista: A Sodiam, sucursal da Endiama, passou a deter 51 porcento; a Welox, representando Ehud Laniado e Lev Leviev, 24.5 porcento; enquanto a TAIS Limited, de Isabel dos Santos, teve direito a outros 24.5 porcento. Em tribunal apurou-se a existência de quatro sócios efectivos na Welox, nomeadamente Ehud Laniado, Sylvain Goldberg, Lev Leviev e Arkady Gaydamak, com quotas iguais de 1.25 porcento cada.


Documentos e testemunhos apensados ao caso confirmaram que, apesar da TAIS ter sido formalmente representada por Noé Baltazar, antigo director da Endiama, a sua representação inicial foi feita por Tatiana Cergueevna Kukanova (ora Tatiana Cergueevna Regan), mãe de Isabel dos Santos. Afirmou-se também em tribunal que TAIS representa as iniciais de (TA)tiana e (IS)abel. Em 2001, Isabel dos Santos detinha 75 porcento da TAIS, enquanto Tatiana Regan detinha os restantes 25 porcento. A 5 de Outubro de 2004, Isabel dos Santos transferiu a totalidade das suas acções para a sua mãe, mantendo-se, no entanto, como herdeira.


A 7 de Outubro de 1999, as partes assinaram um Memorando de Entendimento, enquanto o Acordo-Quadro entre os futuros sócios foi rubricado a 11 de Outubro do mesmo ano. No início de 2000, a Ascorp iniciou as suas operações, tendo a sua existência legal sido formalizada em Maio do referido ano.


Contudo, segundo o testemunho de Gaydamak, “a estrutura accionista formal da Ascorp foi assim estabelecida apenas por razões políticas, para mostrar que o governo era o accionista maioritário”.


“Na prática, a Ascorp obtinha lucros marginais nas suas actividades e, por conseguinte, os dividendos pagos aos accionistas eram relativamente modestos”, afirmou o queixoso.


Para Gaydamak, “os verdadeiros lucros eram obtidos através da Welox, a quem a Ascorp vendia os diamantes comprados aos produtores, por Lev Leviev e o Laniado Group.” Os lucros e diamantes da Welox era dividos a meias entre o grupo controlado por Ehud Laniado (que, por sua vez, dividia os seus lucros com Sylvain Goldberg e Isabel dos Santos), e o grupo controlado por Arkady Gaydamak e Lev Leviev.



Zanga de Comadres



Para melhor entendimento do modo como a Ascorp tem sido gerida, transcreve-se uma passagem da acareação de Arkady Gaydamak pelo juíz Vos, do Tribunal Superior de Justiça de Londres:


Juíz Vos: Sabemos que a Ascorp é detida em 51 porcento pela Sodiam, em representação do Estado angolano, 24.5 porcento pela TAIS, e 24.5 porcento pela Welox, de Laniado, Goldberg e Leviev. Como você era capaz de receber dinheiro que pertencia à empresa, através do Sr. Leviev, sem ter em conta os interesses de todos outros sócios?

Arkady Gaidamak: Sim. Você [juíz] fala da estrutura accionista oficial da empresa. Há o lado oficial, a Ascorp, mas a realidade é muito simples. Há pequenos postos de compra [contuários] pelo país, onde se encontram os compradores [de diamantes], seguranças e os garimpeiros. E os garimpeiros vendem diamantes que retiram dos rios, ou não sei de onde, e o dinheiro, este dinheiro entra e sai. Esta é a realidade e, acredite em mim, na selva ninguém pergunta se você tem 24.5 ou 6.25 porcento, ou se tem um documento a provar que é sócio ou não. O dinheiro em espécie, milhões e milhões de dólares, ficam no cofre. Todos os dias, a equipa de segurança transporta nos seus jeeps milhões de dólares, eles vão ao mato, trocar dólares por diamantes, e trazem as pedras e vice-versa.
(…)

JV: Está a sugerir que o dinheiro não era contabilizado porque há tantos milhões de dólares que ninguém se preocupava, ou está a querer dizer que o dinheiro era contabilizado e o seu representante assinava um recibo pelos montantes levantados?
AG: A realidade era que, quando eu precisava de dinheiro, dinheiro ao vivo, o Sr. Leviev tinha autoridade suficiente e todos sabiam quem eu sou. Uma vez que nós determinávamos o montante em dinheiro a receber, os meus representantes dirigiam-se ao escritório, e indicavam o valor a receber para mim.

JV. Guardava registos desse dinheiro?

AG: Não.

JV: Como sabia o montante que estava a receber?

AG: Não sei exactamente. Sei que era frequente, $200,000, $300,000, $400,000.

JV: Uma vez por semana, todas as terça-feiras, quinzenalmente às quinta-feiras? Como isso era feito?

AG: Podia ser. Podia ser uma vez por semana. De acordo com as minhas necessidades.

Em 2005, Lev Leviev deixou de fazer pagamentos a Arkady Gaydamak. Em reacção, este intentou uma acção judicial contra o primeiro, em tribunal londrino.


Imunidades Presidenciais


A Presidência da República envolveu-se no caso para evitar mais um escândalo internacional, devido à probabilidade de revelações comprometedoras sobre a opacidade dos negócios dos ex-sócios com figuras cimeiras do regime de José Eduardo dos Santos.


O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, encetou negociações directas com Arkady Gaydamak, a 4 de Agosto de 2011, em Luanda, assistido pelo presidente do Conselho de Administração da Endiama, António Carlos Sumbula.


Curiosamente, antes da sua nomeação para a presidência da Endiama, em Novembro de 2009, António Carlos Sumbula era funcionário de Arkady Gaydamak, exercendo as funções de presidente da Sunland. Esta é uma empresa criada pelo reclamante. Em 2005, a Sunland assinou um acordo com a Sodiam, para o desenvolvimento de projectos mineiros e obteve licença para a compra de diamantes em Angola. No mesmo ano, cedeu 40 porcento da sua quota à gigante russa Alrosa e transferiu mais 20 porcento do capital, como “oferta”, para a titularidade secreta de dirigentes angolanos, reunidos no secretivo Grupo de Angola que, por sua vez, é representado por um advogado suíço, Marcel Maurer.


Para um acordo extra-judicial, Arkady Gaydamak exigia um pagamento de US $500 milhões, por parte de Lev Leviev.


No entanto, a 6 de Agosto de 2011, o general Kopelipa apresentou, ao seu interlocutor, a proposta de um acordo para a resolução do caso, em nome da presidência. Segundo o depoimento de Gaydamak, a proposta era inegociável. Tinha de assinar para manter e expandir os negócios em Angola, contando também com a protecção do Estado angolano, ou arriscava-se a perder toda a sua influência junto dos dirigentes, com consequências previsíveis.


Antes desse encontro, Gaydamk revelou ao tribunal ter recebido garantias directas do Presidente José Eduardo dos Santos, na audiência que este lhe concedeu sobre os seus negócios nos diamantes. “Ele [dos Santos] disse-me que eles [Sodiam] devem alocar-me US $5 milhões por mês, em diamantes e, desde o princípio fui quase todas as semanas à Sodiam perguntar-lhes quando devia começar a trabalhar”, testemunhou Gaydamak.


O russo-israelita assinou o acordo que, por sua vez, foi levado directamente a Lev Leviev, na altura em Luanda. O referido acordo, a posteriori selado pelas autoridades competentes angolanas, serviu para provar, em tribunal londrino, que Gaydamak, efectivamente prescindiu dos seus eventuais direitos na parceria detida com Leviev, na Ascorp.


Como compensação, a 8 de Agosto, Gaydamak dirigiu-se ao Ministério das Relações Exteriores para tratar do seu novo passaporte. No dia seguinte, o general Kopelipa chamou-o ao seu gabinete e, na presença de Carlos Sumbula e da ministra da Justiça, Guilhermina Prata, entregou-lhe o seu novo passaporte diplomático.


Gaydamak referiu em tribunal que já fez uso do seu estatuto diplomático, como agente oficialmente colocado na embaixada de Angola na Rússia, para não pagar impostos em parte nenhuma. “De acordo com a Convenção de Viena, de 1961, não devo pagar impostos”, disse Gaydamak quando interrogado sobre se alguma vez tinha pago impostos sobre os US $100-150 milhões que recebeu de Leviev, referentes à sua participação na Ascorp.


Com o passaporte diplomático, que lhe foi entregue à um ano, Arkady Gaydamak recebeu também mandato presidencial conferindo-lhe imunidades diplomáticas.


Durante anos, o governo de dos Santos recusou-se a renovar o passaporte diplomático de Gaydamak e o seu estatuto de diplomata angolano por este ter enganado o presidente. Depoimentos registados no Tribunal Distrital de Jerusalém, em 2008, sob o caso A 2145/08 contra o negociante israelo-russo, dão conta que José Eduardo dos Santos ordenou a transferência de US $618 milhões para uma conta indicada por Gaydamak, no Chipre, para o pagamento de notas promissórias referentes à dívida de Angola para com a Rússia. Segundo provas apresentadas em tribunal, Arkady Gaydamak desviou metade do dinheiro para as suas contas particulares.


Sobre a queixa apresentada por Gaydamak, a 26 de Junho passado, o juiz Vos proferiu sentença, concluindo como improcedente a queixa. Reconheceu a validade do acordo inicial entre Gaydamak e Leviev, em 2001, bem como o acordo que assinou em 2011, em que prescindia de reclamações legais sobre os seus direitos na Ascorp.O juíz Vos aduziu ter o general Kopelipa agido como agente de Lev Leviev, bem como ter manifestado boa-fé no engagemento do Estado angolano na negociata.


Sobre os dois negociantes, o juiz caracterizou os negócios de Gaydamak como sendo de natureza arbitrária, sem respeito pelas leis e improvisados. Sobre Leviev, o juíz manifestou, em duas ocasiões, o carácter arrogante do réu e a sua tendência “em re-escrever a história”, omitindo o papel crucial de alguns protagonistas.


MAKAANGOLA POR RAFAEL MARQUES

Monday, April 22, 2013

ONGOING E CAGANISMO E MAÇONARIA

Os bastidores da Mozart
Quando Agostinho Branquinho ainda era deputado do PSD e - no papel de membro da comissão parlamentar de ética-perguntou em direto, para o país ouvir, o que era a Ongoing ao diretor do "Diário Económico", a propósito do alegado envolvimento do grupo dono daquele jornal numsuposto plano do governo de José Sócrates para controlar a comunicação social (o caso PT/TVI), o momento ficou gravado para memória futura. Oito meses depois, a pergunta viria a ser repassada em vídeos na Internet, assim que Branquinho deixou a vida no Parlamento para se tornar administrador da Ongoing Brasil. É provável que aqueles segundos de televisão voltem outra vez a circular. Pelo que o Expresso confirmou, muito antes de ter feito a pergunta em público, Branquinho já tinha tido inúmeras oportunidades de a fazer em privado à meia dúzia de irmãos maçons da Ongoing que com ele faziam parte há vários anos da Respeitável LojaMozart nº 49-incluindo o presidente do grupo, Nuno Vasconcellos.
O caso PT/TVI morreu, Agostinho Branquinho emigrou e umoutro escândalo subiu entretanto à ribalta, desde que no verão do ano passado o Expresso revelou várias irregularidades nos serviços secretos, protagonizadas pelo ex-diretor do SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa), com uma contaminação entre os meios de inteligência do Estado e o grupo Ongoing, para onde o espião Jorge Silva Carvalho, também maçom da Mozart há vários anos, acabaria por transitar. Mas a novidade não é essa. Se até agora a maçonaria tinha sido mencionada várias vezes como um elo de ligação entre elementos das secretas e a Ongoing, esta semana o assunto ganhou uma importância acrescida. De repente, o elo transformou-se num triângulo e o lado até ao momento desconhecido da Mozart foi exposto: o seu braço político.
A exposição surgiu da pior forma.
Num relatório preliminar e confidencial sobre as averiguações parlamentares ao caso secretas/Ongoing, para ser discutido internamente na comissão de assuntos constitucionais, uma das vice-presidentes da bancada do PSD, Teresa Leal Coelho, referiu-se a "conluios de poder" e a "suspeitas do envolvimento" de Jorge Silva Carvalho "com grupos de pressão pretensamente instalados na sociedade portuguesa, nomeadamente a ramos da maçonaria". O jornal "Público" noticiava na terça-feira que estas alusões teriam sido retiradas numa versão posterior, num gesto de censura interna do PSD, o que veio a ser formalmente desmentido pelo grupo parlamentar da maioria (ver pág. 3).
Era tarde de mais para desfazer o mal-estar geral e o Expresso revelou na sua edição online o que ainda não se sabia: que Luís Montenegro, líder da bancada social-democrata, e um dos seus vices, o deputado do Porto Miguel Santos, são membros da loja nº 49 (Miguel Santos, que, tal como todos os outros nomes mencionados nestas páginas, foi contactado pelo Expresso, optou por não querer fazer comentários).
Embora não seja um membro assíduo, de acordo com fontes da maçonaria, Montenegro faz parte da Mozart desde 2008 (ver pág. 6), muito antes de apoiar Pedro Passos Coelho na candidatura a presidente do PSD e, na sequência da vitória eleitoral do partido em 2011, ascender a líder de bancada.
Ao todo, nos menos de 40 membros da loja, há nove figuras do PSD. A maioria são personagens de segunda linha, mas um dos nomes incluídos no lote é Vasco Rato, um politólogo que foi membro da comissão política nacional do partido e que, além de ser amigo de longa data de Pedro Passos Coelho, coordenou a partir do final de 2009 a Plataforma Construir Ideias, ajudando o atual primeiro-ministro a pensar o futuro do país e a ter uma base sólida para conquistar a presidência do PSD. Ummês depois, e fazendo já parte da Mozart há algum tempo, Vasco Rato foi trabalhar para a Ongoing, onde hoje é colega de administração de Agostinho Branquinho no Brasil.
A Plataforma Construir Ideias teve ainda como colaborador um outro membro daMozart, o diretor do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, Paulo Gorjão. E também - ironicamente - a agora deputada que fez questão de pôr no papel as ligações menos claras das secretas com a maçonaria, Teresa Leal Coelho.
A linha cronológica das adesões àMozart e a forma como ela se cruza com as entradas na Ongoing sugere até que ponto a influência dos encontros de aventais tem sido exercida. Jorge Silva Carvalho entrou para a loja pelo menos em 2007, foi eleito como seu venerável (líder) em 2008 e mudou-se dos serviços secretos para a Ongoing em dezembro de 2010, depois de anos de convivência maçónica com Nuno Vasconcellos.
O mesmo se pode dizer de João Paulo Alfaro, um espião do SIS que já era membro da loja em 2008 e que se transferiu para aquele grupo privado meses antes do ex-diretor do SIED.
Outro aspeto revelador da importância do eixo secretas/Ongoing na Mozart é o seu domínio desde o início na hierarquia do grupo de maçons, apesar de os elementos do SIED, do SIS e da Ongoing estaremem minoria (sete emquase 40, incluindo no lote de restantes membros três figuras do PS). Além de Silva Carvalho, também já foram veneráveis Nuno Vasconcellos e Francisco Rodrigues, um coronel que dirige o departamento de segurança comum ao SIS e ao SIED. O que significa que em seis anos, desde que foi fundada em 2006 por Paulo Noguês e António Neto da Silva, a loja foi dirigida durante metade do tempo pelo eixo secretas/Ongoing. Fontes contactadas pelo Expresso reconhecem que houve "alguma hegemonia" de uma "certa tendência", mas que isso começou a mudar no último verão, quando o escândalo das secretas rebentou e o nome Mozart passou a ser citado não pelas melhores razões.
Mas isso foi já depois de Nuno Manalvo, antigo chefe de gabinete de Isaltino Morais e ex-assessor político do PSD, ter convocado 40 figuras paraumjantar-debate a 4 de julho (que não chegaria a realizar-se)-"apenas para membros da nossa casa"-no restaurante do chefe (e irmão de loja) Vítor Sobral, em Lisboa.
E se é certo que muitas dessas figuras, confrontadas pelo Expresso, preferiram remeter-se ao silêncio, outras desmentiram categoricamente pertencer à loja Mozart. Como os casos de António Saraiva, presidente da CIP, e do seu vice Armindo Monteiro. Ou de António Costa, o diretor do "Diário Económico", que fora questionado sobre a Ongoing no Parlamento: "Eu não sou maçom".
"A Ongoing não é a maçonaria"
"O Grupo Ongoing está, de novo, a ser alvo de ataques, cuja única motivação visa afetar negativamente a sua reputação", refere o conselho de administração do grupo num comunicado distribuído ao fim da tarde de ontem.
Durante a semana, o Expresso tentou obter uma reação da Ongoing e dos seus responsáveis em relação aos temas abordados nestas páginas, mas o grupo entendeu não responder às questões que lhe foram colocadas e optou por divulgar umtexto através da comunicação social.
"Negamos, sob todas as perspetivas e pontos de vista, 'alegadas' condutas menos próprias que nos são imputados nestas notícias", refere-se.Aadministração da Ongoing afirma ser "vítima recorrente de uma força de poder instalada, que, inaceitavelmente, ao longo dos anos se permite, sem escrutínio nem contraditório, ditar moralidade e ética para cima de tudo e de todos".
Dizendo-se alvo deum"constante ataque" da Impresa, o CA da Ongoing ignora todas as referências de que foi alvo esta semana noutros órgãos de comunicação e afirma que "a Ongoing não é a maçonaria". No texto distribuído não há qualquer referência ao papel de ex-responsáveis dos serviços secretos no grupo.
Texto publicado na edição do Expresso de 7 de janeiro de 2012


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/um-circulo-quase-perfeito=f730289#ixzz2RCfxdeHr

A ASCENÇÃO DE ADOLF HITLER


 A ascenção de Adolf Hitler. Hitler era um mero Cabo do exército, a patente mais baixa da hierarquia militar, durante 4 anos sofreu de cegueira devido aos gases tóxicos da IGG. Era filho de um bancário, e de uma administrativa. Hitler era bastante apreciado pelas Forças Armadas alemãs, pelo seu discurso nacionalista, anti-corrupção, e de moralização da sociedade latente nos anos 20 e 30, designados na História pelos “Loucos Anos 20”, nesta época reinava a prostituição dos Cabarets, o consumo de cocaína, os novo ricos do “Great Gatsby” que compravam centenas de livros para se intitularem intelectuais, os falsos doutoramentos, etc. Hitler era como disse, bastante apreciado pelas altas patentes, que gostavam imenso de o ouvir falar, mas o Exército assistia apático ao decorrer da crise instalada, e da corrupção . Hitler tal como afirmou a sua secretária pessoal, no filme dos “últimos Dias no Bunker”, era uma pessoa de um trato impecável, e educadíssimo. Hitler ao longo do percurso que o leva ao Poder, foi sobretudo apoiado pela Máfia radical do submundo, portanto pelos marginais da sociedade alemã, que se sentiam excluídos e que engrossavam as fileiras do enorme desemprego que se sentia. O Regime de Weimar, nunca preveu a ascenção de Hitler, não contava rigorosamente nada com a sua possível chegada ao Poder. Tal como hoje, a sociedade da Alta Burguesia, que era de facto muito sólida, que se movimentava em ambientes de Banqueiros e em festas da “socialite”, e que tinha a convicção pura de que nunca seriam ameaçados, essas classes altas tinham o preconceito de que, alguém para ocupar cargos na Política de estado, teria que ter um história de governação na Administração Pública. Hitler não tinha de todo esse Perfil. Foi em parte, devido à condescendência do Exército, que Hitler fez durante anos, um discurso racial, radical e agressivo contra o estado, e nunca foi detido pelas autoridades. Esse apoio silencioso, foi o móbil, que o lança definitivamente na corrida ao Poder. A constituição democrática alemã, foi totalmente inoperante, tal como a pretensa Justiça, com o percurso político de Hitler. Justiça, inoperante e manipulada, que permitia a grave corrupção dos políticos da época. Hitler foi de facto, o autor do “Holocausto”, mas Rosevelt e Churchill sabiam perfeitamente da existência de campos de concentração, muito antes da guerra ser perdida pela Alemanha, e nada fizeram, quer militarmente, quer em sede das Relações Internacionais. Hitler, era tratado com cocaína, à sua disfunção de Bipolariedade, que lhe provocou ataques de mania, que se revelaram atrozes. Obrigado.

PAULO PORTAS E OS AMIGOS E OS SUBMARINOS

O acordo entre o Estado e o consórcio alemão fora fechado horas antes. O representante da Ferrostaal jantava anteontem à noite, em Lisboa, depois de ter renegociado as contrapartidas pela venda a Portugal de dois submarinos por 769 milhões de euros - num negócio onde há suspeitas de corrupção. Mas enquanto isso, à porta do restaurante, o Audi A6 onde Christoph Mollenbeck guardava os documentos sobre o caso dos submarinos foi cirurgicamente assaltado. Sem sinal de arrombamento.
O alemão jantava na rua Barata Salgueiro, com o amigo e compatriota Kai Jusec - sócio--gerente da empresa Agrosistema (ver caixa), tendo o carro deste último ficado estacionado junto à Cinemateca, na mesma rua. E ambos, na participação à GNR, garantem que ao chegarem ao carro, pelas 23h00, nada notaram - os militares também constataram que não há ali qualquer sinal de arrombamento.
Mollenbeck e Jusec arrancaram em direcção a Sintra. E só ao chegarem a casa, quando saíram do carro, o primeiro reparou que lhe haviam sido roubados o computador portátil e a pasta preta, de marca Porsche, onde guardava, entre outros, um documento original do contrato que tinha assinado nessa tarde com o Ministério da Economia - quanto às contrapartidas pela aquisição dos dois submarinos, em 2004, quando Paulo Portas era ministro da Defesa.
Christoph Mollenbeck, que foi de imediato ao posto da GNR mais próximo, fez ainda referência ao furto do memorando de entendimento que a Ferrostaal, por si representada, assinara anteontem com o Laboratório de Tecnologias de Informação.
A GNR, com competência natural para investigação de furtos, decidiu, dada a natureza dos documentos - no caso em que é investigado o pagamento de ‘luvas' na aquisição dos dois submarinos, comunicar a situação à Judiciária, já de madrugada.
O Audi A6 vai ser alvo de intensa peritagem - na investigação que é agora dirigida pelo DIAP de Lisboa, liderado por Maria José Morgado, para apurar quem aproveita estes documentos, ou outros guardados no computador, e se há uma relação com o processo de corrupção.
AMIGOS DE PAULO PORTAS DADOS COMO SUSPEITOS
Pedro Brandão Rodrigues, Bernardo Carnall e Fernando Geraldes, três amigos do ministro Paulo Portas e todos ex-dirigentes do CDS-PP, foram identificados como suspeitos, pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), no âmbito da investigação à compra dos submarinos.
A identificação destes nomes consta num documento do DCIAP de 2 de Setembro de 2009, que está incluído no processo de arquivamento do inquérito ao advogado Bernardo Ayala, que representou o Estado no âmbito das negociações para a compra dos submarinos.
Quando Paulo Portas era ministro da Defesa, Pedro Brandão Rodrigues foi presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), Bernardo Carnall ocupou o cargo de secretário-geral do Ministério da Defesa, e Fernando Geraldes foi presidente dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
Todos estes responsáveis integraram o grupo restrito de pessoas que deu assessoria ao ministro da Defesa na compra dos dois submergíveis.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/roubados-documentos-dos-submarinos

Sunday, April 21, 2013

Phil Collins - Start Show !! Drums and more drums!

A PRIVATIZAÇÃO DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

A possibilidade de privatização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) deve ser discutida «sem tabus», mas uma venda parcial «dificilmente corria bem», disse o antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos João Salgueiro.

«Há que não haver tabus nisto. É para discutir, discuta-se. Agora, os argumentos que tenho ouvido [a favor da privatização] são desastrosos», disse Salgueiro, que já presidiu à CGD, numa entrevista à Lusa.
«Ouvi dizer, tive até de ler três vezes, que era bom ter lá interesses privados para controlar a governamentalização excessiva. Isto não percebo! Nunca ouvi falar em ter interesses privados para controlar a qualidade da vida política. E se há necessidade de controlar a governamentalização, a Constituição tem mecanismos para isso», afirma.
A possibilidade de privatização parcial «é uma coisa muito difícil que corra bem», porque «haverá interesses privados que não serão do interesse do accionista maioritário». Salgueiro recorda o caso do Banco do Fomento, onde se experimentou um modelo semelhante, e «os bancos privados accionistas tinham uma estratégia diferente da que o banco devia ter».
Salgueiro também pensa que «estar a vender nesta altura não é grande ideia», porque a CGD «deve valer muito menos do que valia, para aí um quinto ou um sexto».
De qualquer forma, o conceito de o Estado ter um banco não repugna Salgueiro: «Praticamente todos os países europeus o têm».
Na entrevista com a Lusa, Salgueiro abordou ainda outros temas:
BPN: Reguladores deviam ter feito mais
A falência do BPN é um exemplo «notório» de má gestão que «as autoridades não viram a tempo», afirma João Salgueiro.
«Muita gente falou com os reguladores sobre» a situação no BPN, disse Salgueiro. Os responsáveis pela supervisão bancária, mesmo sem terem «poderes de investigação policial, podiam ter pedido ao Ministério Público» para investigar.
«Houve pouca desconfiança quanto ao que se estava a passar no BPN», conclui.
Ajuda externa: Sair do euro «não é uma escolha, pode ser uma fatalidade»
João Salgueiro reconhece que a saída do euro «é uma alternativa» às políticas actuais – mas, se a actual via «é má», abandonar o euro «era pior».
«Acho que [sair do euro] não é uma escolha. Poderá ser uma fatalidade», afirmou. «A queda do nível de vida seria o dobro do que está a acontecer».
«Pode-se discutir essa alternativa, mas é daquelas que ninguém aconselha», prossegue Salgueiro. «As pessoas perderiam poder de compra, não podiam andar de automóvel, não podiam comer o que queriam».
Ao fim de alguns anos, a competitividade do país até poderia melhorar através do efeito da desvalorização cambial, mas com grandes custos, pensa Salgueiro: «Não creio que seja isso que os portugueses querem».
Austeridade: «Grande parte» dos ministros não tem «experiência de governo» nem de gestão
Pedro Passos Coelho escolheu para o seu Governo «pessoas que conhecia», e «salta à vista que grande parte [dos ministros] não tem experiência de governo», pensa João Salgueiro.
Além disso, com excepção de «duas ou três pessoas», a experiência de gestão dos ministros «é limitada, só de empresas pequenas ou médias».
No entanto, acrescenta Salgueiro, «ninguém está interessado em que o Governo caia»: «Nem a oposição, nem o Presidente da Republica, nem a União Europeia, nem o Fundo Monetário Internacional».
Isso porque a actual situação do país é «complicada», e todas estas instituições preferem que «sejam outros a tirar as castanhas do lume».
Ajuda externa: «Devíamos ter pedido ajuda seis meses antes»
O pedido de ajuda financeira à ‘troika’ devia ter sido feito «seis meses antes», considera João Salgueiro.
O pedido, feito em Maio de 2011, «podia ter sido negociado melhor, como fez a Irlanda». Portugal negociou «já em estado de necessidade».
Salgueiro acha que «o país não teve dúvidas de que o governo do engenheiro [José] Sócrates só pediu ajuda quando estava mesmo falido».
Sócrates «aguentou o mais que pôde, com alguma imaginação até», continua o antigo ministro das Finanças, dando como exemplo as parcerias público-privadas, que permitiram «continuar a gastar dinheiro mas deixando a conta para pagar depois».
Lusa/SOL

Thursday, April 18, 2013

Substância radioativa é capaz de produzir explosão nuclear.
O Tribunal da Relação da Cidade do Porto , em Portugal confirmou a condenação a 4 anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, do pastor da Igreja Kharisma Leonel Ferreira, por tráfico de urânio 235, substância radioactiva capaz de produzir explosão nuclear, informa a Agência Lusa.
 
Além da questão do urânio, que lhe valeu uma pena parcelar de quatro anos de prisão pelo crime de detenção de arma proibida, Leonel Ferreira foi ainda condenado a 2 anos e 6 meses por participação econômica em negócio.
Segundo o tribunal, deste crime resultou um prejuízo de cerca de 120 mil euros para os Samaritanos, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) da qual Leonel Ferreira era presidente.
Em cúmulo jurídico, o Tribunal de Gaia aplicou 4 anos e 10 meses de prisão, uma pena de que o arguido recorreu, mas que foi agora confirmada pelo Tribunal da Relação do Porto.
Os fatos remontam a 1997, data em que, segundo os fatos dados como provados pelo tribunal, ‘o arguido iniciou negociações para adquirir urânio 235 na Roméêia’, em articulação com outros três indivíduos, entretanto presos, julgados e condenados em França.
Para formar esta convicção, o tribunal baseou-se ‘nos vários documentos apreendidos ao arguido, alguns dos quais descritivos dos factos e em registos de chamadas telefônicas, e-mails e fax trocados» entre os três detidos em França e Leonel Ferreira.
Assim, concluiu o Tribunal de Gaia, o pastor terá «procurado obter substância nuclear ou análoga, tendo adquirido urânio 235′, entretanto apreendido em França.
O Comissariado para a Energia Atômica da França analisou o urânio apreendido e identificou-o como urânio 235, ‘muito enriquecido, particularmente puro’.
Segundo um perito do Instituto Tecnológico Nuclear, aquele urânio «’ó pode ser proveniente de laboratórios altamente especializados, existentes em muito poucos países do mundo’.
‘Para o potencial comprador deste tipo de urânio, podem prever-se duas utilizações: o fabrico de uma arma nuclear e o fabrico de um engenho de dispersão da matéria de tipo terrorista’, sublinha o tribunal.
O arguido foi também condenado por ‘participação econômica em negócio’, da qual resultou ‘um avultado prejuízo’ para os Samaritanos.
Segundo o acórdão, Leonel Ferreira criou duas empresas que usou para contratualizar serviços com os Samaritanos, como a ‘compra de bens alimentares para cabazes, cedência de pessoal, serviços de publicidade, entre outros’.
No entanto, concluiu o tribunal, ‘os Samaritanos teriam poupado 24 mil contos [120 mil euros] caso tivessem contratualizado estes serviços diretamente com os fornecedores e não através destas empresas’.
A juíza presidente do colectivo que julgou o caso no Tribunal de Gaia justificou a suspensão da pena por já terem passado mais de 10 anos desde os fatos e por o arguido, que já esteve preso preventivamente, se encontrar ‘integrado’ na sociedade e já não estar em condições de continuar com os crimes pelos quais foi condenado.
Segundo o tribunal, atualmente Leonel Ferreira é pastor da Igreja Kharisma, assim como a mulher, recebendo cada um, de salário, 2.200 euros por mês.
Fonte: TVi24

Sunday, April 14, 2013

Chamo a vossa atenção para a Lei de Defesa Nacional, aprovada pela Lei Orgânica n.º 1-B/2009, no sentido macro económico, que se vislumbra:
1.4.3. Afirmar Portugal como coprodutor de segurança internacional (...)
As fronteiras da segurança nacional vão para além das fronteiras territoriais do Estado (...)
Participar em missões de reforma do sector de segurança


Vejemos, então a posição de Portugal, face a um conflito inter-continental, coordenado entre a República Islâmica do Irão e a Coreia do Norte.
A estratégia portuguesa, não passa pela defesa do Atlântico Norte, que a OTAN assegura com a passagem permanente de navios de guerra e submersiveis, dado que a preocupação será a protecção dos carregueiros de petróleo, embora, contando com os chamados "ini...
migos invisiveis", ou sejam outros peões , transnacionais, mas sim, com a segurança do Atlântico Sul. Nesse sentido, a cooperação de defesa com os Países de Língua Oficial Portuguesa, passará pela resignação e sujeição de Países como Angola, à participação portuguesa no conflito mundial, no sentido, do seu próprio favorecimento económico, e que levará Portugal a enviar parte da Armada para o mar territorial de Angola e Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde, S. Tomé,e Timor Leste, nesta última obrigação de defesa de interesses bilaterais, a presença de forças militares terrestres e aéreas.
Sublinha-se, como argumento adicional, à segurança dos Países Africanos, com laços culturais e lingusiticos com Portugal o seguinte:" (...) a desnuclearização do Atlântico Sul, com vistas ao desmantelamento dos seis artefatos nucleares construídos na África do Sul ao longo dos anos 80."

Wednesday, April 10, 2013

Meanwhile in Africa: A secret nuclear facility in Algeria and a looming jihadist threat in Mali

Special to WorldTribune.com
Global Information System
The Army’s arrest and forced resignation of Malian Prime Minister Cheikh Modibo Diarra (announced in a 4.00 a.m. televised broadcast from Bamako on Tuesday, Dec. 11) and the appointment by President Amadou Toumani Touré of a new prime minister — former Administrator of the Presidential Palace Django Sissoko — did nothing to allay fears that the Republic of Mali was slipping further into dysfunction, without addressing the growing consolidation of control by jihadist groups in the country’s north.
But regional actors are also inhibiting a resolution of the situation under the guidance of the United Nations or the African Union. The Algerian government, in particular, was quietly — and seemingly successfully — pressuring the U.S. to avoid a significant military intervention into the dispute, ostensibly to avoid a costly war in the region. In any event, Washington sources confirmed that the U.S. and the European Union (EU) were keen to avoid a deployment of U.S. or European troops, largely because their forces were already over-committed because of the Afghanistan war and for budgetary reasons.
The El Salam nuclear reactor.
The primary reason for Algiers’ strenuous efforts to play down the crisis, however, according to very senior GIS/Defense & Foreign Affairs sources in Algiers, was that the Government of President Abdelaziz Bouteflika wanted to avoid any prospect of foreign interest in Algeria’s secret nuclear weapons program, which is located near Algeria’s southern border with Mali. The facility is south of Tamanrasset where the French, in colonial times, had conducted nuclear tests. There are also, among other things, uranium deposits in the region. Tamanrasset is the capital of Tamanrasset Province in southern Algeria, in the Ahaggar Mountains, but, significantly, it is also the chief city of the Algerian Tuareg.
Indeed, the Algerian government is seriously concerned that the conflict already underway in Mali could spur nascent claims by the nomadic Tuareg peoples for a separate homeland, possibly carved out of Algeria, Mali, Niger, and Mauritania, but it would specifically target the area of Algeria’s main nuclear weapons work. Tuareg peoples make up only some five percent of the Malian population, but are focused in the sparsely-populated north where disaffection against the Malian Central Government has, in recent years, enabled them to be courted by local and foreign Islamist/jihadist movements.
While the nuclear weapons research is conducted in an isolated region of Algeria’s south, the country’s el-Salam (“Peace”) 15 MW thermal heavy water moderated nuclear reactor (which began operation in 1993) is in Aïn Oussera, in Djelfa Province (lat. 35° 27′ 5N; long. 2° 54′ 21E), in the northern part of Algeria. It is a PRC-built reactor with military/weapons development capacity. Algeria is still storing there Iraqi nuclear equipment and radioactive materials, including Iraq’s military-grade uranium originally supplied by France.
With regard to the Tuareg issue, as far as Algeria is concerned, it was important to note that the Tuareg National Movement for the Liberation of the Azawad (MNLA) recently resiled somewhat from its declaration of independence of the north of Mali.
Meanwhile, as the situation in the capital appeared to move further into stagnation (leaving northern unrest unaddressed), there were concerns that the one significant initiative to address the problems, the United Nations appointment on Oct. 6, of former Italian Prime Minister Romano Prodi as the UN General Secretary’s Special Envoy for the Sahel, with particular emphasis on the Mali conflict.
Sources in the African Union headquarters in Addis Ababa, and in the Abuja headquarters of ECOWAS (the Economic Community of West African States), however, have separately indicated concern that the Prodi mission had — two months into its work — failed to make real headway in meeting with African officials and understanding the dimensions of the Mali crisis.
At the same time, the domination of the Malian north by the jihadist movements — particularly Al Qaida in the Islamic Maghreb (AQIM) and Ansar al-Dine — as well as former Gadhafi administration fighters and their weapons from Libya — has provided a meaningful safe haven for Boko Haram combatants from Nigeria.
Nigerian officials believe that containment of Boko Haram cannot be achieved solely by addressing the jihadist group’s activities inside Nigeria, but must see a containment of Boko Haram and its strategic partner, AQIM (in particular), in northern Mali. The continued functioning of Boko Haram in Nigeria has now reached a point where it seriously jeopardizes foreign investment in the country, and therefore is seriously destablizing Nigeria as a whole. Nigeria lacks the political will and the budget to take the lead, however, in organizing a regional force through ECOWAS or the African Union to contain the Malian crisis. President Goodluck Jonathan has apparently been ready to take the steps necessary to grasp the Boko Haram issue inside Nigeria and in Mali, but has been constrained strenuously by his close team of advisors from the president’s home state, Bayelsa.
Interestingly, former Nigerian President Olusegun Obasanjo recently put himself forward to lead an AU team to address the Malian problem, but was discreetly rebuffed because it was felt that he lacked the skills needed for the task, especially in light of the fact that another former head-of-government, Italian Prime Minister Prodi, had proven to have insufficient energy and vision for the task given to him by the UN Secretary-General.
In all of this, all the multi-national bodies who have expressed strenuous concern for the growing focus of Islamist global jihadism in Mali — as the base for global operations — have also indicated that they lack funds and manpower in the current economic/political climate to address the Mali crisis. This, in effect, has been giving AQIM and others a free pass to consolidate and grow without interference. Some senior African officials indicate that the onus is very much on the Western powers to help finance and provide logistical support for an African intervention force, given that AQIM and other jihadist movements have moved to Mali simply because they have been pushed out of Afghanistan and (to a degree) Somalia by Coalition operations in those countries.
At present, the UN is the only major body to have taken at least some action on Mali, with the appointment of the Prodi mission. Among African institutions — presently concerned but paralyzed by political and economic issues — there has been a growing sense of urgency that the AU, supported by ECOWAS, needed to take a coordinating role in the complex process. AU Chair Dr Thomas Yayo Boni, President of Benin, is highly conscious, too, of the need to move quickly on this challenge, particularly before the end of his one-year tenure in the AU leadership.
Given the size of northern Mali, it is estimated that a force of at least 4,000 troops — along with logistical support, a military hospital, and airpower (including helicopter gunships) — would be needed, even for a campaign geared to stabilizing the region rather than engaging in constant kinetic warfare.
The U.S., which still derives some 25 percent of its energy imports from the Gulf of Guinea (and is therefore exposed to the Boko Haram disruption of Nigeria), has become focussed on the Mali crisis, but has yet to find funding for any remedial action in Mali. In any event, U.S. Defense funding was, by late 2012, facing severe decline and political “war fatigue”. At the same time, the U.S. State Department was preparing for significant leadership change, with the imminent retirement of Secretary of State Hillary Clinton and Assistant Secretary of State at the Bureau of African Affairs Johnnie Carson. It was expected that Gail Smith, a former Clinton Administration deputy to current U.S. Ambassador to the UN Susan Rice, would be nominated to replace Carson.
Assistant Sec. Carson on Dec. 5, testified before the U.S. Senate Foreign Relations Sub-Committee on African Affairs, on the Mali crisis. His testimony, given less than a week before the removal of the Malian Prime Minister by the Army, appears below. Significantly, and further compounding the problem for the Malian Army, was the fact that ousted Prime Minister Diarra, 60, now under house arrest, was a U.S. astrophysicist with NASA, and he had participated in a number of space exploration missions including the Magellan probe to Venus and the Galileo spacecraft to Jupiter. The manner in which the Army of Mali — which has proven totally incapable of addressing the northern security situation — removed and humiliated Diarra could well shape how Washington responds to the situation.
Indeed, the incident could well drive the U.S. to support moves which are inimical to Mali, including strengthening the appeal by Algeria to oppose conflict resolution or peacekeeping activities which would involve a focus on the Malian north. Significantly, as well, this is an area in which U.S. Army Special Forces teams have considerable experience in counter-terrorism operations. U.S. Special Operations Command (USSOCOM) troops engaged in Mali, however, felt that their Malian counterparts were insufficiently focused on “who the enemy was” in the north.
The Malian Army’s actions against Prime Minister Diarra have done nothing to assist the process of enlisting U.S. support — either unilaterally or via the UN (where the possible next U.S. Secretary of State, Susan Rice, is ambassador) — in financing or supporting a resolution of the jihadi problem in the north.

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