Monday, September 2, 2013

FERNANDO SEARA, E CONSULTORA ERNST & YOUNG (BES)


Nesse sentido, a Câmara Municipal de Sintra (doravante C.M.S.), através do seu Presidente, Dr. Fernando Seara, encomendou um Estudo de Viabilidade Económica e Financeira e Racionalidade Económica, à consultora Ernst & Young.

Excluindo polémicas em torno do estudo, não só devido ao preço elevado do mesmo como também à derrapagem verificada no prazo de entrega, conclui-se que a proposta apresentada, mais não é do que uma engenharia jurídica precisa, muito eficaz, e acima de tudo suficientemente capaz de viabilizar, no imediato, a continuidade dos objetos sociais das empresas municipais de Sintra, sem prejuízo de todos os postos de trabalho, garantindo todas as regalias e direitos existente incluindo a antiguidade.

A solução da C.M.S., por indicação do estudo da Ernst & Young, consiste na criação da sociedade de gestão e reabilitação urbana “SINTRA PATRIMÓNIO MUNDIAL, SGRU, EM” resultante da fusão da Educa, Sintra Quórum e HPEM. Esta entidade visa prosseguir os objetos das três empresas municipais aos quais é adicionado o da gestão urbana, beneficiando do regime jurídico de uma Sociedade de Gestão e de Reabilitação Urbana, cumprindo com o dever de promoção da reabilitação urbana a que se encontram adstritas as autarquias locais.

No entanto esta fusão, só por si, é insuficiente para cumprir com os critérios da Lei 50/2012 que visa a reestruturação do SEL. Assim sendo a C.M.S. necessitará de celebrar um contrato de gestão delegada com a nova entidade - “SINTRA PATRIMÓNIO MUNDIAL, SGRU, E.M.”, transferindo para esta última a responsabilidade de gestão da atividade exercida, atualmente, pelos SMAS. De salientar que o Modelo de Gestão Delegada não é vitalício tendo um período mínimo de vigência que ascende a 10 anos.

Neste contrato está a chave, pode dizer-se, genialmente desenhada, para evitar a extinção das empresas. A robustez do volume de negócios dos SMAS serve como uma confortável e generosa almofada financeira que servirá para suplantar sem grande esforço todos os prejuízos incorridos pelas demais entidades que farão parte integrante da SINTRA PATRIMÓNIO MUNDIAL.

Note-se que uma parte significativa das atividades prosseguidas pelas entidades que a autarquia propõem agora fundir, assumem um cariz social relevante e por isso nunca foram, não são e jamais serão, rentáveis. A atividade desenvolvida pela EDUCA constitui um exemplo, muito evidente, do exposto.

Na qualidade de técnicos qualificados, entendemos que dadas as circunstâncias vigentes, esta parece ser a melhor proposta, pelo menos até às eleições autárquicas de 2013, altura em que o novo executivo camarário, com mais tempo para ponderar alternativas, deverá decidir se deve manter este cenário ou efetuar afinações ligeiras ou profundas ao mesmo.

Presentemente a C.M.S., como o seu presidente explicou e bem, não tem quaisquer possibilidades de internalizar os serviços das empresas municipais e em simultâneo preservar todos os postos de trabalho.

A empresa SINTRA PATRIMÓNIO MUNDIAL será responsável pelas áreas chave das atuais empresas municipais a fundir, isto é, irá assumir responsabilidades nas áreas da educação (refeitórios e transportes escolares), desporto, cultura, e recolha de lixo urbano.

Assim sendo estão garantidos os postos de trabalho dos colaboradores diretamente ligados a cada uma destas atividades. Objetivamente falando, um colaborador que efetue a cobrança de refeições escolares fará seguramente parte integrante dos quadros da nova empresa. Igual sorte terá o vendedor de bilhetes do Centro Cultural Olga Cadaval ou um motorista de pesados de recolha de lixo doméstico.

Os colaboradores dos departamentos comuns às várias empresas, (Ex: Departamento Financeiro, de Aprovisionamento, de Recursos Humanos, Informático) esses sim, estariam em situação mais delicada, podendo mesmo constar na lista dos dispensáveis. Mas a C.M.S. já garantiu, por escrito, na proposta que será apresentada à Assembleia Municipal no dia 28 de Fevereiro de 2013, a manutenção de todos os postos de trabalho.




O curioso é que os trabalhadores em risco não se têm envolvido em escaramuças, mantendo a sua postura de calma. Acompanham de perto e com muita atenção o processo mas de forma discreta e paciente, confiando nas garantias dadas pelo presidente da câmara.
  

O curioso é que os trabalhadores em risco não se têm envolvido em escaramuças, mantendo a sua postura de calma. Acompanham de perto e com muita atenção o processo mas de forma discreta e paciente, confiando nas garantias dadas pelo presidente da câmara.

Domingo, a História da Gaivota (parte2)

Hoje estava na praia de S. João da Caparica, na Costa da Caparica e, logo à entrada estavam duas raparigas a distribuir panfletos para a participação num cordão humano à beira mar, contra a construção de uma linha férrea na linha da praia, e a construção de uma plataforma de contentores à entrada do Rio Tejo. Fantástico! Os projetos autárquicos são cada vez mais inteligentes, e não é de mais acrescentar, quantas “luvas” terá este processo.

Mas, estava eu a curtir o mar, quando vejo uma gaivota a flutuar perto de mim, fiquei surpreendida, mas só dou conta que está alguma coisa errada quando, a gaivota chega a rebentação e tenta atingir a areia, e não consegue nem voar nem andar, mas entretanto uma rapariga alcançou-a e levou-a com ela, e eu pensei, ok foram ver o que é que se passava; poucos minutos depois saí da água, e qual é o meu espanto, quando vejo a gaivota largada ao acaso na areia. Voltou aparecer a tal rapariga, e eu disse-lhe olhe, vou telefonar aos bombeiros, porque há dias, lá na minha rua um gatinho meteu se no motor de um carro e eles foram salvar o gato, e assim foi, telefonei para os bombeiros, de lá disseram que, o assunto era com a Guarda Costeira, e disseram-me que iriam reencaminhar, passou meia hora, chateei-me, agarrei na gaivota com cuidado, e pedi a outra rapariga com quem estava a conversar que me ajudasse a levar as minhas coisas para o carro, que eu ia levar a gaivota ao Jardim Zoológico, quando estava a sair da praia deu-me a sensação que a bicha ia morrer, mas depois com o vento ela acalmou-se e ficou bem. 

Cheguei ao Jardim Zoológico, e ia só vestida com o biquíni, e falei com a polícia, e disseram – me que ali não recebiam animais, mas a portaria do Jardim Zoológico informou que me deveria dirigir ao Parque Ecológico de Monsanto. Sorte a minha, que cheguei lá, e estava a abrir a porta, porque ao Domingo é só a partir das duas da tarde; estava lá outro doente, um pato, que tinha sido atacado por um cão, e os donos do cão levaram ali o animal para ser tratado. Logo a seguir chega a médica veterinária, e eu em stress estava a chorar, ela disse me, para ligar na próxima quarta-feira para saber da minha amiga, e eu pedi-lhe que quando a gaivota recuperar, que a possa devolver à natureza, na mesma praia. Foi um dia emotivo.

Tanta gente na praia, que continuava a jogar à bola, e tanto lhes fazia estar a morrer uma gaivota, completamente condenada, com uma asa partida, que nunca mais poderia voar. Estar a morrer um símbolo de Portugal, um País tanto ligado ao mar, uma gaivota, símbolo da Liberdade.

A águia do mar, a gaivota, constitui a inspiração da mais alta tecnologia militar norte americana, através do estudo desta ave, a Força Aérea americana criou a última geração de aviões de combate, o Stealth; quer sob o ponto de vista de visão da águia do mar, sobretudo noturna, quer o voo em pique, quer a cor prateada que a torna completamente invisível no horizonte, entre o céu e o mar. Mas também, é um pássaro tão importante para os marinheiros, para quem ama o mar, ou para quem vigia, e combate no mar, que os fuzileiros navais norte americanos se designam, “Seals”.

A Gaivota vai voar novamente, tenho a certeza. Mas para terminar, Deus devolve-nos em dobro, o que fazemos de bem. Mas chorei, sobretudo, porque me lembrei do quanto livre é a gaivota, chorei porque eu também “parti uma asa” em tempos que já lá vão, e talvez não tivesse sobrevivido. Por mim, por todos os que “partiram uma asa” e não puderam voar, pelos que morreram e pelos que sobreviveram, esta gaivota voltará a voar.

Já agora, cumprimentos à CM Lisboa, pelo Parque Ecológico de Monsanto, pela qualidade do serviço público, e pela grandeza política da ideia. Quando em Portugal, nada se cuida da ecologia, ao cúmulo de locais com a distinção de Património da Humanidade, estejam desprovidos de preocupações ecológicas, e do futuro do Planeta Terra.

Elsa BS David
http://tvalbufeiraopiniao.blogspot.pt/2013/09/gaivota-o-hino-da-liberdade.html

Domingo, a História da Gaivota (parte1)


Cielo e terra (duet with Dante Thomas)