Sunday, November 21, 2010

NATO-RÚSSIA APROXIMAÇÃO...?...DEVE SER ISSO...


As declarações do Presidente norte-americano Barack Obama foram altamente invulgares, no que diz respeito aos elogios à Nação portuguesa em autêntico play-off financeiro.
No que objectivamente veio fazer a Lisboa, que seria anunciar o resultado de longos cursos de conversações que se referem, ao novo conceito estratégico da Aliança Norte, resultou numa dispersão de argumentos, entre o moralista convicto face ao regime do Presidente Karzai, e o surreal em relação à Rússia, tentando convencer a plateia republicana em casa, e na Europa.
De facto, a Rússia por um lado, esteve presente para se auto-defender do narcotráfico proveniente do Afeganistão, um problema que se tornou um flagelo na sociedade russa e que nesta reunião, para a Rússia, a cooperação apresenta se viável dadas as circunstâncias globais contra o terrorismo (razão da presença no Afeganistão, da ISAF), não perdendo a Rússia qualquer autonomia hegemónica na região euro-asiática. Na questão fundamental desta reunião multilateral, propriamente dita estratégico-militar, ou seja, a questão do escudo militar terrestre AEGIS (o naval é altamente secreto e pertence unicamente aos E.U.A), a ser colocado na Polónia e na Geórgia, e portanto ofensivo na óptica dos russos, não foi estabelecido qualquer acordo, que o Presidente Medevedv empurra o assunto para 2018/2020 e que se presume ainda bastante polémico nos corredores das duas grandes super potências.
Por isso, Lisboa recebeu de facto, um grande momento internacional, porque foi assinado o acordo de 1979 não ractificado, SALT II, por parte das grandes potências nucleares.
É também interessante, para além da enunciação das medidas da NATO, no Afeganistão, como a duplicação de formadores de segurança, a questão dos contratos privados de segurança, referido pelo Presidente Obama, dado que a forma governativa afegã especialmente dentro da polícia, é conhecida por ser extremamente corrupta, e por isso, contratos avultados de especialistas em segurança proporcionam montantes avultados de divisas estrangeiras, que cabem em alguns bolsos, bem relacionados com o poder que se pretende legitimar.