Saturday, December 14, 2013

VAZIO DE PODER


Inacreditavelmente, somos governados por uma coligação estrangeira, a que chamamos Troika.

Quer Presidente da República, e a sua inutilidade de cargo de Estado, quer Governo, quer Oposição, deixam o País mergulhado num grave “vazio de Poder”.

Acontece porém, que as condições económicas globais melhoraram substancialmente, e melhoraram por decisão do Banco Mundial em conjunto com o Bank of Setlements em Géneve, Suiça, reunidos em Doha, no passado mês de Setembro, onde decidiram que permitir o decréscimo do preço do barril de petróleo no mercado mundial, faria baixar consideravelmente os défices públicos europeus e norte-americano. Assim, podemos verificar que o preço do crude em Agosto (mês por excelência de baixo custo) onde o valor era de 102 dolares o barril, para sucessivamente descer, para 98 $ em Setembro, 94 $ em Novembro, e 92 $ em dezembro. Por isso, no caso português, o encaixe de poupança em despesa pública, no último trimestre ascende a 900 milhões de euros. Ora essa súbita estabilidade da balança comercial, permite que o Governo, vago em ideias económicas, ou mesmo nulo completamente, possa agora injectar na Banca Comercial, capitais para investimento privado, e capitais para os apoios a contratações laborais.

Mas este “vazio de Poder” alastra-se a todas as área de public governnance , desconhecendo-se na totalidade, quaisquer projectos de investimento público, ou projectos estruturais para o País. Como aliás, se viu pelo Guião Económico do CDS PP, completamente inúti , que não passa de demonstrações teatrais, político estratégicas, para entreter a imprensa da especialidade.

Pois, a Troika não se vai embora, até ao final de 2014, já tendo acrescentado o “recado” ao Governo, de que era preciso um encaixe de 4, 4 mil milhões de euros para poder estabilizar o défice público, abaixo da meta pretendida pelo Memorando de Entendimento, ou sejam, 5,5%, e mais ainda acrescentado que, as reformas da organização de Estado, são para continuar na linha do acordo entre as partes.

Ora a reformulação do Estado, não tem orientação organizacional nenhuma. Não se pretende optimizar a Função Pública, ou desenvolver outras políticas de inovação no seu funcionamento orgânico, pretende-se apenas diminuir os grandes encargos financeiros com os “excedentários”, e remeter as percentagens para um qualquer gráfico macro económico.

Ainda assim, o Governo, Oposição e Chefe de Estado, mantém uma telenovela na praça pública, de romances de infidelidade, entre o casal amoroso PSD e PS, com tantos membros com negócios em comum, no sector privado, e aí não se dão mal,  para dizerem que ninguém entra em acordos estratégicos, e fica o País a navegar, se baixa o IRC, ou se aumenta o IVA, quando quaisquer das medidas, são clássicos do neo liberalismo, teoria aliás, que já nem está em prática, face a globalização. Porque a nova teoria económica, é o neo marginalismo, e portanto totalmente contrária os preceitos económicos, que servem apenas para governar ad hoc.

O Páis está num “vazio de Poder” grave, gravíssimo. E não será o estrangeiro, que nos obriga a pagar bilhões em créditos da governação do cavaquismo, que nos vai diminuir a contestação social, quer agora venham dizer, que a “austeridade” é um pouco exagerada. Para bons entendedores, meia palavra basta.