Thursday, March 11, 2010

ÁS DE DIAMANTE

O tráfico de diamantes faz-se por diversos motivos; por motivos políticos quando os dirigentes dos países africanos pretendem ganhar milhões para manter os seus exércitos, por motivos particulares que por ganhar dinheiro, traficar influências e deter poder se tornam elementos apelativos.
Os maiores mercados de diamantes vão desde a África do Sul à Guiné-Bissau e também Brasil e Venezuela, e fomentam os negócios paralelos de armas, drogas e falsificação de identidades que, circulam no mundo inteiro, desde a Tailândia e as tríades até à Colômbia e ao México, dos carteis.
Embora o processo de Kimberley (acordo lançado pelas Nações Unidas em Maio de 2000) tenha vindo a diminuir o contrabando de diamantes, Antuérpia o maior centro de comércio das pedras preciosas, com um volume de negócios de 40 biliões de euros/ano, continua também a ser, um receptor do mercado paralelo, bem como Bruxelas e Zurique, pois são emitidos certificados de origem falsos que viabilizam a venda nestes centros de lapidação.
Existem formas estrategas de passar diamantes nos aeroportos, escondidos no cabelo ou camuflados na terra, em vasos de plantas, o certo é que não sendo taxados o comércio particular oscila entre os 25.000 euros e os 10 milhões. Um negócio que tem a cobertura dos mais diversos lobbies, políticos e financeiros, públicos e privados que, se encarregam de executar operações clandestinas de suborno, rapto e extorsão debaixo dos holofotes da opinião pública, e assim, a lenda continua.

MEIR DAGAN




Fui (aliás, sou) apaixonada pela propaganda da Mossad, pelas encruzilhadas políticas que acabam com cumplicidades com os vizinhos árabes, de que nunca se ouvem falar. Os interesses são variáveis históricas e o segredo é o sinal do sucesso na guerra.


Meir Dagan que chefia actualmente os serviços secretos israelitas (um dinossauro militar) foi o mentor do plano "Dagan", que se subdividia em várias vertentes;


1- Eliminar Yasser Arafat e destruir a fracionada e corrupta Autoridade Palestiniana.


2- "cantonização" dos territórios palestinianos em que a Cisjordânia e Gaza fiquem completamente separados, para Tel Aviv negociar separadamente com os governos independentes e com as forças responsáveis pela segurança.


3- Ariel Sharon manteve o projectado plano, com a retirada em 2005 de todos os colonatos judaicos em Gaza. esta estratégia foi vista por Washington como parte "da via para a paz", mas não era senão a chamada "Operação Chumbo Fundido" que exigia que não houvessem judeus em Gaza, com o objectivo de isolar completamente o território. Com a vitória contestada por Israel, do Hamas em Janeiro de 2006, Israel pode levar a efeito a última incursão em Gaza, em Janeiro último.


A esquerda naquilo em que me identifico partilha da opinião da propaganda educacional um pouco na visão romântica da Revolução Francesa "Igualdade, Fraternidade e Liberdade", também fui muito marcada pela descolonização portuguesa, quando fui desterrrada da Beira, Moçambique ( a cidade mais cosmopolita de toda a África), seja como for o apartheid da África de Sul era visto em Moçambique como um despotismo sem sentido em pleno séc XX.

Existem rivalidades em África, inter-étnicas, precisamente devido ao traçado das fronteiras do séc. XIX tal como na Palestina, mas na realidade os conflitos em África movem-se pelo controle das matérias- primas, como o petróleo, o chumbo, os diamantes, é assim na luta de poder no Sudão, por exemplo.


Acabei por fugir ao assunto, Israel vê-se em linhas cruzadas, por um lado a sua política interna inflexível, e por outro a posição face às relações externas, em particular com os E.U.A., agora optando pelo paradigma do soft power na grandeza da potência americana.


Os amigos americanos negoceiam com Medeved, compensações na resolução do problema nuclear iraniano enquanto cedem a instalação do sistema anti-missil da NATO, na Polónia..


3."Dagan" não é ingénuo, se houverem suposições de tráfico de armas tácticas nucleares, para os seus vizinhos árabes, não tem nada a perder em servir de intermediário, com países aliados com a África de Sul, potência nuclear, para depois se servir do argumento de guerra premptiva contra o Irão.


4- Meir Dagan , nessa continuidade de política de segurança, é igualmente acusado por alguns media, que em conjunto com a C.I.A. ter perpretado os ataques em Mumbai, na India, para afastar paquistaneses de indianos.


5. Tentativa de assassinato de Meshall, com um veneno injectdado no ouvido, elementos sofisticados de controle da mente, em que os israelitas estão muito à frente.


6. Acordo secreto entre a Mossad e Bashar Assad da Síria, para destabilizar o pró-ocidental governo libanês.


7- Em 12 de Fevereiro de 2008, é assassinado Imad Mugnieh (membro senior do Hezbollah) , num carro bomba na Síria.


Meir Dagan tem o seu propósito político e pessoal, mas desta vez vai encontrar pouco apoio da comunidade internacional.


Se vivêssemos no séc. XIX, consagrava-se de uma vez por todas em Conferência com árbitro, as pretensões de ambos os lados, mas como a O.N.U. falha redondamente em obter consensos, o clima de tensão vai permanecer.


Mas a culpa não é de israelitas nem de palestinianos, a mea culpa pertence às potências colonizadoras, e estas sabem que o petróleo, as alianças, e os desfechos terminam em hipocrisia dilpomática.


Porque estou a começar a estudar análise de dados, a probalidade é omega.