Tuesday, March 19, 2013

GOVERNO SEM GOVERNAÇÃO?



 O Governo tem destinado no QREN, para investimento na criação de emprego, um total de 5.582 (5 mil milhões e 582 mil Euros), sendo Público: 235 mil 769 Euros, Privado: 2 mil milhões e 172 mil Euros, e Comunitário (FEDER) : 3 mil milhões 173 mil Euros. (Consultar. Site “Compete”).

O défice público que significa que não existe cobrança de impostos, dado o número de falências e o crescente diário, constante e perigoso número de desempregados, é de 4 mil milhões e 400 mil Euros. O dinheiro do  QREN, por incrível que possa parecer, destina-se a investimentos empresariais nos CPLP. A criação de emprego em Portugal, é assim, uma Utopia.

Em 4 anos futuros, o pagamento de impostos das grandes empresas, e de joint ventures financeiras ligadas a Holding’s de Bancos de Investimento, deixarão de ser efectuados em sede de Portugal. A “mentira conveniente” da classe política, é a de apelar ao investimento estrangeiro, quando esse investimento é realizado nas operações financeiras na Bolsa de Valores, exactamente e não ingenuamente, para assim obterem retornos desse capital que segue para África.

A reforma do Estado, que deveria ser efectuada pelo Tribunal de Contas, e não decidida por presumíveis “entendedores” da organização financeira do Estado, serve apenas para despedir cegamente, os excedentários, e cegamente significa: “quem são os excendentários?” e “quem é que decide quem são os excendentários?”, novamente, e face à lei, deveria ser  competência legal do Tribunal de Contas essa análise técnica, e não partir de decisão governamental, com ou sem, acordo parlamentar.

Neste caso, o cenário de uma fracção populacional inactiva, prolonga a crise do défice público, porque os “inactivos” são uma despesa orçamental pública colossal.

Os banqueiros, pouco interessados nos depósitos bancários oriundos do “trabalho”, dado que não vinga a competitividade empresarial portuguesa, face à globalização, e face à globalização, resta a Portugal recorrer das exportações tradicionais, para novos mercados, que não exactamente o mercado comunitário em crise e também, com a desistência de reformular o valor do trabalho em relação ao tipo de contrato laboral, que na minha opinião, o conceito da “flexibilidade” dos contratos laborais, encontra-se em contradição com as políticas dos Países emergentes, porque nos Países em Desenvolvimento, os contratos de trabalho asseguram os impostos. A acrescentar ainda a ideia conceptual da “refundação do Estado”  muito vazia de conteúdo ideológico, não observando critérios de competências versus salários, e questionando :“Para quê Governo sem Governação?”.

 

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