Sunday, August 22, 2010

MARXISMO DO FUTURO, EM PORTUGAL E NO MUNDO

O “Manifesto Comunista” de Marx e Engels é o pensamento que mais influência política teve no final do séc XIX tendo alterado o curso da História mundial sob a perspectiva sócio económica. A visão marxista do capitalismo simplificando, será a divisão dos rendimentos globais pela classe proletária, sendo que esta, por essa via o poder político, ficaria subordinado às massas.
Na actualidade, e após a queda do muro de Berlim, verificou-se que o controle estatal da economia do gigante comunista URSS, não podia sobreviver sem o fluxo económico do capitalismo.
A teoria de Marx, sobre a distribuição do capital e a divisão do trabalho, deveria ser revista sob a visão do liberalismo económico presente nas sociedades ditas sociais democratas ocidentais, do ponto de vista da justiça social, à escala mundial.
Portanto, hoje a economia aos olhos dos marxistas, será o concerto mundial da justa divisão do capital dos fluxos económicos, entre os agentes principais da Economia, que são: o produtor, o intermediário e o consumidor, regulados pelas instituições financeiras, nomeadamente, a Banca e os investimentos monetários em movimento constante e global, das Bolsas de Valores.
O principal problema económico, é sem dúvida, antes de mais, o valor da moeda. Por detrás da emissão de moeda, encontra-se a verdadeira riqueza de cada país, mas porque cada um desses Estados produzem diferentes volumes de riqueza bruta (PIB), o mundo encontra-se então dividido entre pobres e ricos.
Assim, temos portanto, antes de mais o problema da Moeda e o seu real valor económico, consoante o que cada um produz de serviços, indústria e agricultura.
A FAO, por exemplo, pretende portanto, homogeneizar os chamados bens económicos, tentando que a diferença entre a riqueza dos países produtores se aproxime dos países que não produzem bens agrícolas, e portanto, necessariamente entre aqueles que exploram a terra e os que transformam industrialmente esses mesmos bens., ou seja, entre o Hemisfério Norte e o Sul.
Para conseguir essa igualdade económica e essa justiça entre ambos, umas de duas soluções: ou, criar uma moeda única de valor intermédio para as trocas comerciais, que foi a razão de ser da constituição da moeda única na Europa, mas que no caso dos países sem o mesmo suporte de ouro na moeda que outros mais industrializado , coloca-se imediatamente o problema dos Orçamentos de Estado não corresponderem aos reais números da economia (como no caso português, e por isso antes de mais nada, o problema do défice), pois na realidade o valor da moeda não está de acordo com o que o país produz de riqueza bruta, logo os capitais em movimento estão camuflados em balões de ar, inflacionado a economia, e portanto é uma solução pouco transparente; ou então, definir um contrato social à escala mundial, igual para todos os países industrializados e não industrializados, isto no que respeita à divisão do trabalho, utilizando regras mundiais uniformes nos contratos de trabalho. Portanto, exemplificando, se tivermos 4 trabalhadores, um nos Estados Unidos a ganhar 500 dólares, outro no Brasil a ganhar 50 reais, outro trabalhador em Moçambique ganhando 10 meticais, e outro na China ganhando 20 ienes, e todos eles tiverem em igualdade no que respeita ao contrato laboral, ou seja, se todos trabalhassem com apenas um contrato de trabalho digamos de seis meses ( só e apenas, este tipo de contrato), no términos desse período de tempo, todos teriam produzido por exemplo, 100 onças de ouro (para simplificar os conceitos), logo a distribuição de investimentos por parte do Banco Mundial, seriam de 100 onças de ouro, divididas em iguais 4 partes, e por isso, o mesmo volume de investimento em cada país, que diminuiria a diferença no resultado de cada PIB entre os mais ricos e os mais pobres.
No caso português, do designado “buraco do défice”, se apenas e somente existir um contrato de seis meses de trabalho, (eliminando todos os outros da economia), pagando apenas subsídio de desemprego após 1 ano de trabalho, estaríamos a diminuir antes de mais no que se gasta do Orçamento em politicas sociais, logo em seguida, aplicando esse dinheiro em investimento, e portanto criando mais emprego, porque estaria ao mesmo tempo diminuindo impostos, e estou a diminuir impostos porque tenho mais movimentação de capitais nos investimentos, e ainda, estou a garantir emprego pelo período de seis meses a todos, obrigando que a economia nesse período cresça.
Conclusão, Marx continua a ser o teórico da igualdade entre todos.
O mundo precisa de olhar novamente para o marxismo.



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